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Lojas conceito: por que as marcas optam por elas?

Lojas conceito: por que as marcas optam por elas?

Lojas conceito: por que as marcas optam por elas?

Segundo especialista, um dos objetivos da loja conceito é criar um ambiente onde os clientes se sintam inspirados, engajados e emocionalmente conectados à marca

Por Carolina Vieira*

Em tempos de e-commerce em alta, a relevância de lojas físicas como estratégia de marca tende a diminuir? Não necessariamente, em especial se falamos de lojas conceito.

Também chamadas de flagship stores, elas vão além da simples venda de produtos e são, na verdade, projetadas para transmitir a identidade, os valores e a história da marca por meio de micro-momentos de experiência imersiva para os clientes. “É um ambiente único, cuidadosamente planejado e projetado para criar uma experiência memorável, o que chamo de ‘10 minutos de férias por dia”, explica Julio Takano, CEO da KT Retailing-Arquitetura de Negócios, Presidente da KTV Retail As A Service e Sócio da OasisLab e da Varejo 180.

A ideia é que os consumidores se dirijam a esses lugares porque desejam estar ali, e não porque precisam ou só para fazer compras. Dessa forma, podem se tornar verdadeiros multiplicadores da cultura da marca. E este é apenas um dos motivos para que as empresas optem por investir nas lojas conceito.

Exemplo de Flagship: Loja da Tiffany´s em Nova Iorque, reaberta em abril deste ano. Foto Divulgação Tiffany & Co.

Marcas têm bons motivos para investir em lojas conceito
Uma das principais metas de uma loja conceito é criar um ambiente onde os clientes se sintam inspirados, engajados e emocionalmente conectados à marca. Quando atingem este estado, são conhecidas como Love Brands, marcas que apaixonam e são apaixonadas por seus clientes.

Julio Takano acredita que este tipo de loja física tem se tornado cada vez mais popular no varejo, pois oferece uma vivência imersiva que ainda não pode ser replicada no ambiente virtual. Além disso, há o potencial das flagship stores serem o maior e melhor canal de distribuição de produtos e serviços das indústrias parceiras do ecossistema de negócios.

“O principal motivo para as marcas investirem em uma loja conceito é a construção deste ecossistema de negócios, que permite acoplar marcas especialistas para oferecer um mix diferenciado de produtos e serviços”, diz. É o caso de uma marca de perfumaria que decida oferecer serviços de cuidados capilares, maquiagem, eletrobeleza e outros na sua flagship store.

Com isso, é possível ainda que as empresas parceiras coletem feedbacks direto de seus clientes e avaliem a viabilidade e a aceitação de iniciativas antes de implementá-las em larga escala. Assim, as lojas conceito se consolidam como poderosas ferramentas de marketing estratégico, pesquisa e desenvolvimento, servindo como um laboratório para testar novas ideias e produtos.

Lojas-conceito ou flagship: o que é preciso para ser uma

Justamente por terem papel estratégico no ecossistema de negócios, as lojas conceito são muito mais do que lojas físicas com decoração diferenciada – embora seja isso que chame atenção à primeira vista. Então, o que é preciso para ser uma?
Começando pelo visual, estes ambientes contam com arquitetura icônica e inovadora, design criativo e iluminação que valoriza os produtos. Complementa-se a isso outros elementos sensoriais, como música e cheiro, selecionados para criar registros afetivos.

O uso de tecnologia também é fundamental, tanto para minimizar atritos na operação e promover comodidade e conveniência, quanto para trazer uma abordagem única para apresentação dos produtos e serviços. A ideia é colocar o foco sempre no cliente.

“Elas podem usar recursos interativos, telas sensíveis ao toque, realidade virtual ou aumentada, fornecer curadoria com informações adicionais, opções personalizadas, demonstrações visuais e até jogos, tudo que permita aos clientes explorar os produtos de forma mais imersiva”, comenta Julio Takano.

Outro ponto importante é que a loja conceito seja um ambiente agradável, vibrante e que traga uma desconexão da rotina. São espaços em que o cliente pode recarregar as energias. “Para isso, devem existir áreas de descanso confortáveis, carinhosamente chamadas de estacionamento de maridos, cafés ou espaços para eventos e workshops”, complementa o especialista.

*Carolina Vieira para Consumidor Moderno

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