Sem recuperar totalmente a tendência de aumento no pré-Covid, as vendas online têm projeção de crescimento de mais que o dobro do esperado no varejo físico
Por Sandra Halliday*
As lojas físicas podem ter se recuperado após a pandemia, enquanto o comércio eletrônico tem enfrentado dificuldades, mas o crescimento subjacente deste último continua e ele deve representar 41% das vendas de varejo globais até 2027.
É o que aponta uma nova pesquisa do Boston Consulting Group, que afirma que as vendas eletrônicas em 2017 tiveram apenas 18% de participação.
O estudo ‘Winning Formulas for E-Commerce Growth’ (Fórmulas vencedoras para o crescimento do comércio eletrônico) é baseado em uma pesquisa global que visa explorar as tendências do comércio eletrônico desde o início da pandemia até este ano. O estudo foi realizado no segundo trimestre e incluiu entrevistados de 410 empresas de varejo e 415 empresas de consumer packaged goods (CPG) (bens de consumo embalados) em todo o mundo, com receitas variando de US$ 50 milhões a mais de US$ 10 bilhões.
De acordo com o material, as vendas de comércio eletrônico aumentaram 3% na Europa e 7% nos EUA e na Ásia em 2022. Espera-se que o crescimento global atinja uma taxa composta de crescimento anual (CAGR) de 9% até 2027 – sem recuperar totalmente para a tendência pré-Covid de 12%-14%, mas ainda mais que o dobro do crescimento projetado do varejo nas lojas físicas de apenas 4%.
“Embora o comércio eletrônico esteja gradualmente voltando à sua trajetória pré-Covid, o cenário passou por uma transformação notável e duradoura”, diz Martin Barthel, sócio e diretor executivo do BCG e coautor do estudo.
“A rivalidade entre os participantes emergentes e os já estabelecidos aumentou, impulsionada pelos padrões de compra dos Baby Boomers e da Geração X, que coletivamente exercem uma influência substancial sobre as vendas atuais do comércio eletrônico.
*Sandra Halliday par Fashion Network