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Alta do ouro faz donos venderem Rolex e joias para reciclagem

Alta do ouro faz donos venderem Rolex e joias para reciclagem

Alta do ouro faz donos venderem Rolex e joias para reciclagem

Metal atingiu a maior cotação em seis meses, à medida que investidores temem a redução dos juros nos EUA

NOVA YORK- Os administradores de fundos não são os únicos que estão sentindo os impactos da alta no preço do ouro, que atingiu seu nível mais alto em seis anos. Firmas de refino e reciclagem do metal estão faturando alto. A Empire Gold Buyers, que compra joias antigas, viu seus negócios crescerem a patamares que não eram atingidos desde 2011, quando o metal atingiu seu recorde anterior, segundo o CEO, Gene Furman. “Cartier, Rolexes, Tiffanys, Van Cleefs: o mercado de luxo está agitado porque as pessoas precisam arranjar dinheiro”, disse Furman. “As pessoas estão saindo das trincheiras”.

Já na House of Kahn Estate Jewelers, o comércio de joias antigas cresceu cerca de 50% desde a semana passada, quando o Federal Reserve, o Banco Central Americano, indicou a possibilidade de cortar as taxas de juros, o que elevou o preço das barras de ouro, disse Tobina Kahn, presidente da empresa.“A maré está virando com força” – disse Kahn. “Como comprador, se eu vir que o preço do ouro vai continuar subindo, fico mais confiante em pagar mais (aos vendedores de joias antigas)”.

O interesse dos investidores se volta para o ouro após anos com a cotação se mantendo no nível de US$ 1.350 a onça (cerca de 28g). Mais de US$ 4,6 bilhões entraram este mês em fundos lastreados por barras de ouro, tangidos pelo influxo diário recorde no fundo SPDR Gold Shares, o maior no mercado de commodities.

A cotação do ouro subiu pelo sexto dia consecutivo, atingindo US$ 1.427,18 a onça no mercado de Nova York. Os preços dispararam à medida que índice S&P 500 enfrentou uma série recorde seis semanas de perdas. A crescente especulação de que o Fed pode cortar o custo dos empréstimos fez com que ativos sem vínculos com juros, como o ouro, se tornassem mais competitivos, ajudando a elevar o metal a seu maior preço desde 2013.

A especulação também está em alta. Os juros abertos agregados, uma soma de contratos futuros de ouro em aberto na Comex, tiveram alta de 26% este mês, a maior em quase dois anos. Os detentores de exchange-traded funds (ETF) acrescentaram quase 86 toneladas métricas de ouro a suas carteiras este ano, com potencial de chegar a 800 toneladas até setembro, o que elevaria os preços acima de US$ 1.600 a onça, caso os mercados tradicionais continuem a decepcionar.

 

Fonte: O Globo por Bloomberg

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