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Luciano Rodembush dança com os clientes da Tiffany pelo mundo

Luciano Rodembush dança com os clientes da Tiffany pelo mundo

Luciano Rodembush dança com os clientes da Tiffany pelo mundo

Por Juliana Bianchi

Na festa de inauguração da butique da Tiffany & CO, no shopping JK Iguatemi, lá estava Luciano Rodembush no balcão assumindo o papel de vendedor. O brasileiro ocupa a vice-presidência para as Américas desde de fevereiro, comandando todas as lojas do continente inclusive a icônica da Quinta Avenida, mas não se limita ao que se imagina ser a liturgia do cargo. “Eu tenho de vender para que a equipe acredite que também pode”.

Foi assim que, conta ele, conquistou os asiáticos, no período que atuou na região da Ásia/Pacífico. “Eles respeitam hierarquia, claro. Mas isso não quer dizer que te enxerguem como liderança”. Em cada loja que chegava por lá, fazia um desafio a equipe. “Eu apontava para um vendedor e dizia se ele ia conseguir ou não a conversão. Acertava sempre e eles passaram a confiar em mim”.

E como saber? “O bom vendedor faz o cliente dançar, é ele que carrega o consumidor de um lado para outro. Quando consumidor faz o vendedor se deslocar, é que ele não vai ter sucesso na venda”.

Rodembush só acredita em melhoria de resultado quando avalia os pros e contras pessoalmente de cada loja. Em uma das unidades de Seul, por exemplo, ele ficou chocado com a fila de clientes esperando para pagar. “Como um dia a matriz tinha estabelecido um caixa, eles não questionaram mais. Assim que eu autorizei a abertura de mais três, a loja se tornou a de melhor desempenho, só atrás da Quinta Avenida. Esta loja sozinha faturava mais que o dobro da operação brasileira”.

Assim como acredita no potencial de público da unidade do JK Iguatemi, com uma reconfiguração de layout – “colocamos as peças de prata na entrada e os diamantes no fundo” –, Rodembush já visitou mais da metade das unidades entre EUA e Canadá para potencializar vendas. “Há lojas com displays antigos, que precisam de uma renovação. Mas são essas visitas que dão resultados. Crescemos mais de 10% no último trimestre”.

Este “corpo a corpo” permite também que modelos de sucesso sejam replicados. A configuração “fluida” da nova loja de São Paulo, pode fazer sentido em alguma praça do Canadá, por exemplo.

Assim como o sucesso estrondoso do Blue Box Café – o espaço de Nova York não tem como aceitar nomes na lista de espera e já tem gente atuando como “cambista” para vender sua posição –, deve convencê-los a replicá-lo na Ásia.

Fonte: Angela Klinke Report by Approach

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