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Governo lança programa de renegociação de dívidas para pequenas empresas

Governo lança programa de renegociação de dívidas para pequenas empresas

Governo lança programa de renegociação de dívidas para pequenas empresas

Microempreendedores individuais (MEI) e micro e pequenas empresas poderão dispor de um pacote de ações de acesso a crédito e renegociação de dívidas

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a cerimônia de assinatura da medida provisória (MP) que cria o Programa Acredita. Crédito: Marcelo Camargo / Agência Brasil

Na última segunda-feira, 22, o governo federal lançou oficialmente a medida provisória (MP) que cria o Programa Acredita, um pacote de ações de acesso a crédito e renegociação de dívidas de microempreendedores individuais (MEI) e micro e pequenas empresas.

Dentre os quatro principais eixos do Acredita destaca-se o Desenrola Pequenos Negócios, conhecido também como ‘Desenrola PJ’, que atenderá MEIs, as microempresas e as pequenas empresas com faturamento anual até R$ 4,8 milhões e que possuem dívidas bancárias.

Até o fim deste ano, os pequenos empresários poderão renegociar as dívidas que estavam inadimplentes até o dia da publicação desta MP, 23 de abril, no Diário Oficial da União. “A média de desconto no valor da dívida é de 40%, com picos de 90% de desconto. É um valor significativo, que permite que as pessoas possam quitar as suas dívidas”, disse o ministro do MEMP durante o evento de lançamento do programa.

Segundo nota divulgada pelo Planalto, o governo federal autorizará que o valor renegociado possa ser contabilizado para a apuração do crédito presumido dos bancos nos exercícios de 2025 a 2029. “Isso significa que os bancos poderão elevar seu nível de capital para a concessão de empréstimos”.  

ProCred 360

Também faz parte da MP, o programa de crédito ProCred 360, destinado a MEI e microempresas com faturamento anual limitado a R$ 360 mil. A iniciativa estabelece condições especiais de taxas e garantias por meio do Fundo Garantidor de Operações (FGO), administrado pelo Banco do Brasil. “R$ 4 bilhões do FGO gerarão R$ 12 bilhões de empréstimos”, disse o ministro França durante o lançamento, acrescentando que os empreendedores terão até 60 meses para quitar os débitos. 

Para esse público, o programa oferece juros fixados em Taxa Selic mais 5% ao ano, uma taxa menor que a do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe). Hoje, a Selic, a taxa básica de juros, está em 10,75% ao ano. Além disso, o programa permite o pagamento de juros no período de carência, “contribuindo para uma melhor organização financeira dos tomadores de crédito”.

Já para as empresas de porte médio, com faturamento de até R$ 300 milhões, a medida reduz os custos do Programa Emergencial de Acesso a Crédito (Peac), com 20% de redução do Encargo por Concessão de Garantia (ECG).

Sebrae e o Fampe

Em outra iniciativa, o Sebrae expandirá as linhas de crédito no âmbito do Fundo de Aval para a Micro e Pequena Empresa (Fampe), que pretende viabilizar mais R$ 30 bilhões em crédito nos próximos três anos. Para isso, capitalizou um fundo garantidor com patrimônio líquido de R$ 2 bilhões para alavancar novas operações. “É o maior da história do Sebrae”, afirmou Lima, presidente da organização, durante o evento de lançamento.

Segundo documento divulgado pelo governo, a estratégia é ampliar a quantidade de instituições operadoras, sendo os quatro bancos públicos federais, os principais sistemas cooperativistas, as agências e bancos de desenvolvimento regionais e, através do BNDES, os bancos privados. As taxas de juros terão variação de acordo com a política de crédito da instituição financeira, da região e do porte do cliente. 

Pronampe

Além deles, o Acredita também prevê uma modernização do Pronampe para permitir a renegociação das dívidas e a criação de melhores condições para mulheres empreendedoras. A partir da MP, quem está inadimplente de dívidas do Pronampe poderá renegociá-las com os bancos, mesmo após a honra das garantias, permitindo que estes empresários voltem ao mercado de crédito. 

As empresas que tiverem o Selo Mulher Emprega Mais e as que tiverem sócias majoritárias ou sócias administradoras poderão pegar empréstimos maiores, de até 50% do faturamento bruto anual do ano anterior.

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