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Joalheiro cria pingentes de pérola para combater o câncer em instituto da Unicamp

Joalheiro cria pingentes de pérola para combater o câncer em instituto da Unicamp

Joalheiro cria pingentes de pérola para combater o câncer em instituto da Unicamp

Venda das peças terá 100% do lucro revertido para o IOU – Instituto de Otorrinolaringologia & Cirurgia de Cabeça e Pescoço

Por Simone Blanes 

Duas lembranças da infância são bem fortes na memória do joalheiro Rodrigo Gaspar: sua coleção de pedras – entre elas, algumas preciosas que a mãe, Maria Helena Gaspar, comprava para ele quando podia.

E o diagnóstico dela para câncer de mama, quando tinha 14 anos. “Ela teve metástase. Sabíamos que não haveria cura, apenas a possibilidade de sobrevida”, lembra. 

Para animá-la, Rodrigo teve a ideia de criar um colar para ela, com algumas pedras. Escolheu a pérola, pelo processo de formação dentro da ostra, que vem de uma inflamação, uma dor, mas que acaba virando algo bonito. “Quis mostrar o quanto atitudes de superação podem ser lindas”, conta. 

Durante a luta contra o câncer, Rodrigo passou a desenhar mais colares e pulseiras para a mãe, sua grande fonte de inspiração, que faleceu quando o filho completou 19 anos.  E ele, seguiu em frente, seguindo um conselho dela: se tornou joalheiro. “Sinto como se minha mãe estivesse comigo na joalheria. Não há um dia sequer em que não pense nela, não me lembre e não pratique o que ela me ensinou”, diz. 

Pérolas contra o câncer

Pingentes de pérola e turmalina Paraíba: peças exclusivas e numeradas custam R$ 2.399 (Divulgação)

Hoje, Rodrigo comanda a RG Joias, joalheria que além de desenhar suas peças, contribui para causas sociais, especialmente ligadas ao combate ao câncer.  O atual projeto é a campanha “Joia do Bem”, em que criou pingentes exclusivos e numerados de pérola barroca e turmalina Paraíba, que feitos sob encomenda e vendidos a R$ 2.399, terão 100% do lucro revertido para o IOU – Instituto de Otorrinolaringologia & Cirurgia de Cabeça e Pescoço, da Unicamp, a fim de aumentar os atendimentos e tratamentos de pessoas atendidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) – em especial, doenças complexas, como o câncer de cabeça e pescoço, doenças do trato respiratório, da fala e surdez. 

“O IOU vai além de um hospital; é um lugar onde vidas são transformadas,” comenta Rodrigo, sobre o trabalho da instituição, única no país construída 

inteiramente por doações, e que estima arrecadar entre 350 mil e 450 mil reais com as vendas até o Natal. 
Para Agrício Crespo, presidente do IOU e professor titular do Departamento de Otorrinolaringologia da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp, a parceria com a RG Joias faz muita diferença. “O projeto Joia do Bem transcende o valor material da obra de arte criada. Seu maior reconhecimento está na intenção e capacidade de transformar vidas”, afirma.

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