Com sua beleza exótica, a gema brilha com força em joias pra lá de exuberantes
Por Caroline Sanches
Quem é fascinado por gemas certamente tem um carinho especial pelas opalas. Talvez por isso seja mais difícil de acreditar que ela tenha demorado para reconquistar seu lugar entre as vitrines de joias mais cobiçadas da joalheria contemporânea. Cada vez mais as grifes de luxo requisitam a beleza especial das opalas para diferenciar suas coleções.
Além das cores incomuns e do brilho, o que torna a pedra especial é o fato de ter um padrão em tons de arco-íris que geram uma ilusão ótica sempre distinta e fascinante. Victoire de Castellane, diretora criativa da divisão de joias de Christian Dior, é uma das designers que se rendeu às opalas e criou peças que destacam o charme da gema. Na coleção Dior et Toi, a opala expressa seu lado mais poético, “um convite para entrar em um conto de fadas”, conforme afirmou a designer.
O primeiro a mencionar a opala foi Plínio, o Velho, no primeiro século, e a primeira descoberta confirmada foi no que hoje é a Eslováquia. No entanto, foi uma descoberta de 1849 na Austrália que tornou a gema popular no mundo das joias. A pedra preciosa fez sucesso no movimento Arts & Crafts e também encantou a Rainha Vitória.
Passou um longo tempo associada às peças mais acessíveis e hoje voltou a reinar na alta joalheria. Atualmente a opala negra australiana chamada de Lightning Ridge, é a variedade mais reverenciada e também a mais bem avaliada no mercado.
A Cartier também se abriu para o seu brilho e criou um manguito de opala deslumbrante, que destaca as formas irregulares como seixos da pedra em um colar de sua nova linha Sur-Naturel. O design evoca a padronagem da pantera, que é ilustrado por opalas.
A opala negra também aparece em coleções da Chaumet, Tiffany & Co. e David Morris, e em muitos dos relógios com mostrador de pedra dura da Piaget. Uma tendência luxuosa e que deve crescer ainda mais no verão 2021. Vale ficar de olho!