Arqueólogos encontraram peças datadas de mais de 142 mil anos no Marrocos
Por Erica Mendes
Africanews
Morocco: Archeologists discover world’s oldest jewelry | Africanews
Na última quinta-feira, arqueólogos revelaram as joias mais antigas do mundo, que datam entre 142.000 e 150.000 anos, em Rabat, no Marrocos. A descoberta, feita há algumas semanas, aconteceu perto do resort de Essaouira em Bizmoune, localizado na região sudoeste do país.
“Hoje estamos apresentando um achado feito na caverna Bizmoune, localizada cerca de 15 quilômetros da cidade de Essaouira. Trata-se da identificação de trinta conchas do mar perfuradas e pintadas, que significa que os humanos aplicaram uma substância vermelha rica em óxido de ferro”, disse Abdeljalil Bouzouggar, professor-pesquisador do INSAP (Institut National des Sciences de l’A rchéologie et du Patrimoine).
No total, foram encontradas cerca de trinta conchas, incluindo colares e pulseiras, que os arqueólogos acreditam terem sido usadas como forma de comunicação nos tempos antigos.
“A idade das conchas é de 150.000 anos, isso significa que são as mais antigas conhecidas no mundo. A segunda implicação desta descoberta é que esta é a primeira vez que os humanos usam seus corpos como meio de comunicação entre si ou com membros de outros grupos mais ou menos distantes de seu local de origem”, disse Bouzouggar.
Ainda segundo ele, o Marrocos foi o local onde foi identificado “um dos Homo sapiens mais antigos do mundo”: cinco indivíduos com cerca de 315 mil anos, descobertos em 2017, em Jebel Irhoud, pela equipe do pesquisador francês Jean-Jacques Hublin.
Participaram da expedição uma equipe internacional do INSAP (Institut National des Sciences de l’Archéologie et du Patrimoine), incluindo pesquisadores da University of Arizona (Tucson, EUA) e do Mediterranean Laboratory of Prehistory Europe Africa.