Estamos na era dos avatares e o que eles vestem é mais importante do que nunca
Por Erica Mendes
‘Os produtos para avatares estarão na mente dos consumidores em 2022’, é o que afirma a WGSN. De acordo com o relatório da empresa britânica de tendências publicado ontem, 12, entramos definitivamente na era do comércio ‘direct-to-avatar’ ou – ‘D2A’ –, um novo modelo de varejo que possibilitará que as marcas entrem no metaverso, forjando conexões mais profundas nos ambientes digitais.
Ao criar e vender itens que não existem na vida real diretamente para os avatares, o comércio D2A permite que as empresas driblem as limitações da cadeia logística e tenham acesso a novas fontes de receita. Além de sustentável, esse deve ser um formato rentável: até 2022, o mercado de skins para games vai movimentar US$ 50 bilhões.
Graças a aplicativos como Bitmoji e Genies, que possibilitam que os usuários criem e customizem suas identidades virtuais, o comércio D2A abre espaço para que as marcas lancem produtos digitais exclusivos por meio de games ou coleções em plataformas como Roblox e Fortnite.
A economia de criação também será beneficiada, já que os criadores de conteúdo customizado (os ‘CCs’) irão desenvolver roupas e acessórios digitais (leia-se ‘joias’, por exemplo) altamente desejados, vendidos para outros jogadores em diversas plataformas.
Esse cenário abre portas para o surgimento de um novo canal de contato com o cliente – e até de venda – que as empresas precisam se preparar para usufruir de todas as suas possibilidades. E as joalherias não podem ficar de fora! Muito pelo contrário, afinal, os avatares têm a linguagem dos consumidores da geração Z.
E mais: quem pensa que gamers é coisa de menina está enganado. A 8 edição da Pesquisa Game Brasil (PGB), realizada ano passado, aponta que 48,5% dos gamers brasileiros são mulheres.
Portanto, os varejistas têm um novo desafio – digital – se quiserem se manter relevante no mercado e se comunicar com essa moçada jovem que precisa ser ‘educada’ no universo joalheiro.