Empresa calcula ter aumentado sua participação no mercado de joias do Brasil de 17,7% para 20,1% em um ano, com crescimento de marca de 9,1% para 9,5%
Por Rennan Setti
A Vivara — que viveu período turbulento há um mês e meio, com resultados decepcionantes para o fim de 2023 e uma passagem-relâmpago (e controversa) do fundador Nelson Kaufman na cadeira de CEO — quer provar que a tormenta não atrapalhou seu crescimento.
A companhia acaba de divulgar seu balanço para o primeiro trimestre e calcula ter aumentado sua participação no mercado de joias do Brasil de 17,7% para 20,1% em um ano. Dentro desse número, a marca de joias Vivara cresceu de 9,1% para 9,5%, enquanto a marca de produtos de prata Life avançou de 5,9% para 7%.
Parte do crescimento se deu graças à expansão no número de lojas. Na marca Vivara, o número de unidades subiu de 245 para 261; já a Life cresceu de 77 para 131 lojas, além de 14 quiosques. Especificamente no primeiro trimestre, foram 18 novas unidades, sendo 4 da Vivara e o restante da Life.
Em nota à coluna, o CEO Otavio Lyra disse que a companhia está preparada para “as sazonalidades do varejo neste 2º trimestre” e prevê “projetos e alavancas operacionais a serem entregues nos próximos meses.”
“A rota de expansão segue intacta, com a previsão de 70 a 80 novas lojas em 2024, abrangendo tanto a marca Vivara quanto a Life”, acrescentou.
Receita cresce, lucro líquido diminui
A receita bruta, líquida de devoluções, somou R$ 574,9 milhões, crescimento de 17,9% na comparação com o mesmo trimestre de 2023.
“O desempenho é explicado (i) pelo aumento de 19,3% de área de vendas nos últimos 12 meses, com a adição de 63 novas lojas e (ii) pelo crescimento de 9,4% nas vendas mesmas lojas (SSS), incluindo as vendas digitais”, explicou a companhia.
Na última linha do balanço, o lucro líquido foi de R$ 35,8 milhões no trimestre, queda anual de 7,2%; a margem líquida caiu de 9,8% para 8,1%.
“Ainda que beneficiado pelo maior volume de imposto diferido, o resultado líquido foi impactado pela menor receita financeira e aumento da depreciação”, acrescentou.
*Rennan Setti para O Globo