Todo brilhante é um diamante, mas nem todo diamante é um brilhante
Por Erica Mendes
Erroneamente, no Brasil, os termos ‘diamante’ e ‘brilhante’ são popularmente utilizados como sinônimos. E, durante o atendimento ao cliente, cabe à equipe de vendas apresentar corretamente as características do produto e explicar que todo brilhante é um diamante, mas nem todo diamante é um brilhante.
Isto porque o diamante é a pedra preciosa composta de puro carbono cristalizado, que é classificada mundialmente pelo sistema dos 4C´s, do inglês: Cut (lapidação), Color (Cor), Clarity (Pureza) e Carat (Peso). E o brilhante é uma das lapidações específicas do diamante.
A lapidação brilhante
De todos os tipos de lapidação, a brilhante é que revela o maior brilho e fogo (dispersão) do diamante.
Esses efeitos ópticos são produzidos devido algumas propriedades desta gema. Segundo a publicação Mais Varejo, editada pelo IBGM, o brilho do diamante provém da luz que, ao incidir na superfície da gema corretamente lapidada, é em parte refletida pela superfície das facetas. E o fogo e originado pelos raios de luz que entram na gema lapidada e são desviados e refletidos internamente, voltando para a superfície e decompondo-se nas cores do arco-íris.
A lapidação brilhante tem o desenho das facetas (triângulos ou losangos), partindo do centro da gema em direção à borda. Com formato redondo, a gema tem cintura (ou rondízio) circular, apresenta 32 facetas além da mesa (ou coroa) e 24 facetas no pavilhão, somando 57 facetas. No entanto, algumas vezes, a ponta do pavilhão, chamada de culaça, é lapidada, e o diamante passa a ter um total de 58 facetas.
É a exatidão das proporções fixas – entre a altura do diamante, porcentagem da mesa, altura da coroa, espessura da cintura, altura do pavilhão e ângulos das facetas – e dos ângulos que permite revelar o máximo esplendor da lapidação brilhante.