Para sediar o evento de lançamento, a joalheria escolheu uma casa ambientada com ícones da sua nova coleção, surpreendendo seus clientes
Por Erica Mendes
No final de setembro, a Tiffany & Co. apresentou sua nova coleção de alta joalheria, Blue Book, em Nova York. Neste ano, a joalheria escolheu uma casa particular de cinco andares no Upper East Side para sediar o evento. A ideia foi a de encantar os clientes com a sensação de terem sido convidados para a casa da marca, que a joalheria chamou de Tiffany Townhouse.
Lâmpadas Louis Comfort Tiffany autênticas da virada do século, arranjos florais de Emily Thompson, demonstrações de cravação e gravação de diamantes Tiffany, junto com serviço de chá da tarde, foram um show à parte. O resultado? A coleção foi vendida nos primeiros dias da instalação, com alguns consumidores saindo vestindo suas peças recém-adquiridas.
De acordo com o CEO da grife, Anthony Ledru, “A Tiffany Townhouse foi a personificação do estilo de vida que estamos adotando. Estamos entusiasmados em oferecer uma experiência envolvente que mostra o mundo da Tiffany & Co., destacando nossa herança e legado de artesanato. Essa casa permitiu que os clientes se envolvessem em um ambiente íntimo e pessoal, que também exibiu arte, arquitetura e uma oferta sob medida para mostrar nossa extraordinária coleção Blue Book”.
Tiffany Townhouse
Ao entrar no Tiffany Townhouse, os convidados foram recebidos pela pintura ‘Tiffany Blue Basquiat’, recentemente apresentada na campanha publicitária ‘About Love’ da joalheria, estrelada por Jay-Z e Beyoncé. A entrada também foi marcada por uma vitrine com o ‘Diamante Tiffany’ (fancy yellow) de 128,54 quilates, eternizado por Audrey Hepburn e usado apenas por quatro pessoas na história, sendo a última a Beyoncé na mesma campanha. Ainda na entrada, reafirmando seu apoio à arte, a Tiffany exibiu 12 obras de edição limitada do MET (Metropolitan Museum of Art), em comemoração aos 150 anos do museu. Na sala adjacente ao local das obras de arte, um designer da Tiffany esboçou colares conceituais que exibiam uma imaginação sem fim: como um diamante vermelho caberia em um colar ou como diamantes azuis brilhariam como uma pulseira e assim por diante.
Cada andar de casa foi ambientado com elementos do Blue Book deste ano. A sala de música da residência abrigou as peças sob o tema Colors of Nature. Entre as peças mais especiais estavam: um relógio de ouro maciço em forma de nogueira; um relógio de ouro com 197 diamantes em sua pulseira, totalizando 24 quilates; peças especiais de opala negra australiana e brincos de diamante e esmeralda – os 13 cts de esmeralda em lapidação pêra fizeram os exemplares de diamantes parecem modestos.
A coleção Blue Book deste ano resgata o design de Schlumberger, um dos maiores influentes designers do século 20, conhecido por suas criações surrealistas de joias. Apesar dos projetos do artista sempre tenham sido uma parte importante do arsenal e legado da joalheria, a nova liderança da Tiffany (grupo LVMH) os vê como uma vantagem crítica por sua autenticidade.
Embora muitas das pedras fornecidas para a coleção estejam entre as mais raras e de melhor qualidade do mundo, elas foram colocadas de uma maneira distintamente casual. Para Victoria Reynold, chefe do dept° de gemologia, isso faz parte do sucesso e do DNA da Tiffany. “Acho que joalheria não é apenas algo usado em um ambiente formal – eu uso joias com jeans quando saio à noite. É sobre amar joias e fazer parte de quem você é e como você a estiliza. É uma forma de expressão pessoal – algo que você usa todos os dias, não apenas para guardar no cofre”, disse ela sobre sua visão da coleção.
Por fim, pela primeira vez, a Tiffany montou uma sala de gemas soltas excepcionais que podiam ser adquiridas para uma experiência de design de joias sob medida. Pares de diamantes perfeitos, granadas especiais e raros diamantes vermelhos (que Reynolds estima que exista apenas cerca de 20 exemplares no mundo) – podiam ser comprados e transformados em peças únicas que atendem ao gosto único dos colecionadores.