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A história do diamante Koh-i-Noor

A história do diamante Koh-i-Noor

A história do diamante Koh-i-Noor

Conheça a origem, a trajetória, o brilho e a maldição de uma das gemas mais importantes do mundo

Por Erica Mendes

Nos últimos dias, Kate Middleton foi notícia na imprensa europeia pela projeção futura de que usará uma coroa adornada com famoso diamante Koh-i-Noor, quando seu esposo William assumir o trono da Inglaterra e ela ser eleita rainha consorte. Mas por que tanto burburinho por causa da pedra preciosa?

O diamante Koh-i-Noor, que significa Montanha de Luz, é considerado um dos maiores e mais importantes do mundo. Junto com outros 2.800 diamantes, ele está cravado no centro da coroa feita pela joalheria Garrard & Co.

Com 108,93 quilates, incolor e de lapidação brilhante, ele está de posse da realeza britânica desde junho de 1850. Sendo exibido apenas em ocasiões muito especiais, como o coroamento de um novo monarca inglês, ele foi visto pela última vez em 2002 quando a coroa saiu da Torre de Londres e ficou exposta sobre cerimônia fúnebre da Rainha Mãe.

A origem

O Koh-i-noor nunca foi vendido, mas passou pelas mãos de vários donos. Alguns dizem que ele foi encontrado há mais de 5 mil anos e que se trata da lendária Syamantaka, joia mencionada em antigas escrituras Hindus. Outros acreditam que ele pode ter sido achado no leito de um rio hindu, por volta de 3200 a.C.  Porém, a teoria mais aceita é que ele foi localizado em 1304 d.C, na região de Kollur, hoje Guntur, na Índia.

A trajetória

Em 1526, foi adquirido pelo Império Mogol. Na época, dizia-se que ele pesava 793 quilates em seu estado bruto, mas que um joalheiro chamado Borgio, ao cortá-lo e lapidá-lo, o reduziu a 186 quilates.  O Koh-i-noor permaneceu com os imperadores mongóis até 1739 e de lá foi da Pérsia (atual Irã) ao Afeganistão e à Índia, até chegar à monarquia inglesa, quando a Grã-Bretanha tomou posse de Punjab (Índia), depois de derrotar os sikhs. A Rainha Vitória foi declarada Imperatriz da Índia, e recebeu a gema das mãos de Lorde Dalhousie.

De lá pra cá, desde o século 20, por diversas vezes, a Índia e o Afeganistão já solicitaram ao Reino Unido a devolução do diamante. Porém, as autoridades britânicas consideram que a multiplicidade das reivindicações concorrentes torna impossível estabelecer a propriedade anterior da gema. Assim, por enquanto, o Koh-i-noor permanece como uma das joias da coroa britânica.

Esboços de Kohinoor por volta de 1860. Crédito: Hulton Archive / Getty Images

O brilho

Identificando a falta de ‘fogo’ do Koh-i-noor, os britânicos o enviaram à joalheria Garrard para ser lapidado novamente, reduzindo em 42% o seu peso, mas tornando-o extremamente brilhante com seus quase 109 quilates. Com o novo visual, a rainha Vitória mandou cravar a gema em uma tiara junto com outros 2.000 diamantes.

Em 1911, uma nova coroa foi confeccionada para a coração da rainha Mary tendo o Koh-i-noor ao centro. Mais tarde, em 1937, o diamante foi transferido para outra coroa por ocasião da coroação de Elizabeth, a Rainha Mãe, onde se encontra reluzente até hoje.

A maldição

Ao longo de séculos de assassinatos e caos, brutalidade e tortura, a história retrata a má sorte dos homens, já que todos que tiveram a posse do Koh-i-noor sofreram com a perda do trono ou com outras desgraças. Com isso, criou-se a lenda que esta gema carrega a maldição “quem a possuir dominará o mundo, mas também conhecerá todas as suas desgraças”, embora qualquer mulher que a usá-la permanecerá ilesa. Cabe recordar que a Rainha-Mãe viveu até os 101 anos. Então, como dizem as ‘boas línguas’, a Duquesa de Cambridge não tem muito com que se preocupar com a sua coroação.

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