A contemplação e a propagação da energia inspiram o designer de joias para a criação de 65 peças excepcionais
Por Donata Meirelles
Quando o brilho dos materiais ofusca o design e a criação, a alta-joalheria pode ser ruidosa. Para Ara Vartanian, no entanto, o segmento pede uma pausa para a contemplação: “quando algo toca na superfície da água, ondas concêntricas se formam e se propagam em expansão sucessiva. Essa imagem, simples e precisa, revela um princípio universal: o comportamento da energia”, escreve o designer de joias nas notas que anunciam o lançamento de sua nova coleção. Foi a partir da observação deste fenômeno, e fazendo um aceno às fotos de Berenice Abbott (cujo trabalho capturou fenômenos físicos, registrando com precisão artística a beleza de ondas sonoras, campos de força e das trajetórias de luz refratada), que nasceu Empirea.
Integralmente concebida e executada no ateliê de Ara, em São Paulo (onde algumas das peças pediram até 120 horas de execução artesanal), Empirea conta com 65 itens. Entre os materiais utilizados, estão o ouro amarelo, branco e rosé 18k, combinados a uma seleção especial de gemas: diamantes brancos (com certificado GIA), diamantes fancy em tons de amarelo e rosa, além de um espectro vibrante de esmeraldas, turmalinas (incluindo as raras Paraíba e Pêssego), rubelitas e tanzanitas.
Um detalhe que não pode passar despercebido: o uso de correntes com design descomplicado para o suporte das pedras preciosas nos colares de Ara – uma proposta que sugere despretensão no uso das peças, que podem complementar o visual em seu próximo gala, em versão noturna, mas também fazem bonito durante o dia, acompanhando um look high-low, composto por jeans e camiseta. Eu adoro!
Fonte:Donata Meirelles é consultora de estilo e atua há 30 anos no mundo da moda e do lifestyle. Artigo para Forbes Brasil
