Por Gabriel Moura
Há joias que estão ligadas à História e escondem detalhes interessantes, e quando se trata das peças usadas pela rainha Elizabeth II há um fascínio maior. As jóias da coroa são compostas por mais de 140 itens e neles há mais de 23 mil pedras preciosas. A maioria dessas peças faz parte da cerimônia de coroação.
O item mais importante da coleção é a Coroa de São Eduardo, produzida em 1661 pela coroação de Carlos II. Feita em ouro sólido, ela pesa quase 3 quilos e possui 440 gemas diversas aplicadas. Somente Elizabeth II, o arcebispo de Canterbury e o joalheiro da coroa podem tocá-la.
Na coleção, os destaques são os diamantes Cullinan I e Cullinan II, cortados a partir da gema Cullinan de 3,106 quilates. Descoberto em 1905, o diamante Cullinan abriu caminho para a Grã-Bretanha explorar as riquezas da África do Sul.
Joseph Asscher foi encarregado de cortar o diamante bruto, na Antuérpia em 1908. O maior diamante polido oriundo da pedra original, o Cullinan I, está no cetro, enquanto Cullinan II está adornando a Coroa Estadual Imperial.
Desde que foi coroada, a rainha não usou sua segunda coroa, a de São Paulo. Uma segunda peça – a Coroa do Estado Imperial, que é mais leve – foi colocada em sua cabeça no final do rito de coroação. E é o mesmo objeto que ela adota durante suas aparições.
As joias da coroa são tão importantes para a Inglaterra que todo um cuidado especial foi tomado para escondê-las dos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial. Um bibliotecário real recentemente descobriu evidências que mostraram que as jóias eram escondidas em uma sala secreta a 60 pés abaixo do Castelo de Windsor, que só podia ser acessada ao descer uma escada muito longa. Algumas das jóias mais importantes foram removidas de suas configurações e guardadas em latas de biscoito, para que não precisem ser movidas de novo.
E há, ainda, quatro pérolas que compõem um elemento da Coroa de São Eduardo. Acredita-se que duas delas as pérolas pertenceram à Maria Stuart ou Maria I, que foi rainha da Escócia.