As joias perdidas da última família imperial russa foram recriadas e apresentadas em exposição
Por Clara Lemos
Os czares russos são mundialmente conhecidos pelas joias opulentas e encantadoras que possuíam. Com a queda do império russo e a revolução de 1917, muitas joias pertencentes à última família real se perderam ou foram leiloadas. Como forma de celebrar o 50º aniversário do governo soviético, na década de 70, joalheiros russos recriaram as principais peças perdidas a partir de catálogos da época e as colocaram em exposição permanente no prédio Kremlin, em Moscou.
Entre as principais joias recriadas está a tiara Beleza Russa, que pertenceu à Alexandra Feodorovna, mulher de Nicolau 1º. A tiara original data de 1841, e os joalheiros russos conseguiram recriá-la em 1987. Ela conta com 928 diamantes e 25 pérolas, algumas adaptações foram feitas, como o uso de platina e não prata para a recriação e o uso de pérolas cultivadas.
Outra peça da coleção é o Broche de Rosa, que pertenceu também à Alexandra Feodorovna e aparece apenas em fotos antigas, que os joalheiros russos usaram para recriá-lo. A releitura, feita em 1970 para a celebração do centenário de Vladimir Lenin, tem tamanho real de uma rosa, é feita de platina e decorada por 1500 diamantes. Além disso, possui molas que fazem com que a rosa possa se movimentar, aproximando-se da realidade.
A diadema Campo Russo é a recriação da tiara Feixe de Trigo, feita pelos irmãos Durval no início do século XIX para Maria Feodorovna também está neste acervo. Sua recriação data de 1980 e foi feita de ouro e platina, que representam os trigos amarelo e branco e enfeitada por mais de 1800 diamantes, além do diamante central, amarelo e que pesa 32 quilates.