O acervo de joias reais da coroa foi publicado, mas logo em seguida tirado do ar por possuir termos racistas em suas denominações.
A família real britânica vive um escândalo desde a última quinta-feira (13), quando o catálogo intitulado de “Gemas e joias antigas e modernas”, do termo original em inglês “Ancient and Modern Gems and Jewels”, publicado pelo Fundo da Coleção Real, o “Real Royal Collection Trust – RCT” apresentou publicamente a seleção de pedras preciosas e joias que são usadas nos artefatos da realeza britânica.
O “imprevisto” que retirou o cátalogo do ar, foi pelo motivo de haver mais de 40 menções denominando as joias com termos racistas e ofensivos. De acordo com informações da reportagem publicada pelo jornal “The Independent”, responsável por apontar publicamente o problema, o documento com os termos foi publicado no site oficial do órgão pelo Royal Collection Enterprises Limited, no ano de 2008.
A descoberta do catálogo ocorreu recentemente após o mesmo periódico revelar que, há duas semanas, alguns “documentos” do Departamento de Trabalho e Pensões do Reino Unido também estavam usando termos discriminatórios. No catálogo publicado, os termos ligeiramente preconceituosos são usados para se referirem principalmente a pessoas que possuíam ascendência africana e apareciam nas joias reais.
Além disso, em sua maioria, as palavras são referentes à nomes de itens da coleção, como um broche que é denominado “Cabeça de ‘negão’ em perfil de três quartos à direita, com brinco de pérola pendente. Esse tipo de cabeça de negro é encontrado em vários camafeus do século XVI”, consta no catálogo. O órgão que fica responsável pelo catálogo das joias afirmou que os documentos atualmente estão “sob revisão”.
O órgão da realeza também é um dos responsáveis por administrar as peças reais britânicas, considerada a maior coleção de arte e de joias privada do mundo.
Fonte: Meio Norte