Por Gabriel Moura
Museu Nacional de História Natural apresenta réplicas das preciosidades que encantaram o Rei Sol
A Escola de Artes da Joia, do Museu Nacional de História Natural, colocou em exposição 20 réplicas dos lendários diamantes das minas indianas Golconda, as preciosidades adquiridas por Louis XIV, o Rei do Sol. Abraham Bosse, um dos mais famosos aquarelistas do século XVIII da França, os retratou em uma gravura descrevendo-os como “os mais belos “.
Em 1668, aos 30 anos, o jovem Rei do Sol, que era um ávido colecionador de arte, comprou as preciosidades de Jean-Baptiste Tavernier (1605-1689), um aventureiro e comerciante ambulante. Ambos perceberam que esses diamantes eram verdadeiras maravilhas.
Os diamantes lendários foram extraídos na região da Golconda da Índia no momento do Império Mogul. São 17 gemas cortadas e três, em estado bruto; 17 diamantes incolores, dois rosa e um azul. O mais famoso deles, o diamante Hope (115 quilates), está agora exposto na Instituição Smithsonian, do Museu Nacional de História Natural, em Washington.
Infelizmente, os demais sumiram durante o século XIX. Outro motivo que torna esta exposição tão especial é que as peças fazem parte dos mais de mil diamantes comprados por Louis XIV de Jean-Baptiste Tavernier, que os trouxeram de suas seis viagens ao Oriente entre 1663 e 1668.
Desde que foi fundada em 2012, a Escola de Artes da Jóia planejava mostrar a história de Tavernier. Após uma reunião com François Farges, professor de mineralogia no Museu, especialista em pedras preciosas, a idéia cresceu e ganhou força com outro trabalho que está sendo desenvolvido ali. Eles quiseram aproveitar a pesquisa realizada por Cécile Lugand, uma doutora que está escrevendo sua tese de história da arte (Universidade de Rennes) sobre a Escola de Artes da Joia e Tavernier.