Global, a pesquisa também apresenta dados dos consumidores brasileiros
Por Gabriel Moura
Se os consumidores perceberem que uma marca está tirando proveito das pessoas durante a pandemia de coronavírus, “eles perderão a confiança nessa marca para sempre”. 71% dos 12.000 entrevistados da pesquisa realizada pela agência Edelman, concordaram com essa afirmação.
A pesquisa foi realizada no Reino Unido, Estados Unidos, Canadá, China, França, Alemanha, Índia, Itália, Japão, África do Sul, Coréia do Sul e Brasil. Além disso, o relatório revela que 62% dos entrevistados acreditam que marcas e empresas “desempenham um papel crítico” para ajudar seus países a se recuperarem da crise do coronavírus e dos desafios que ela traz. De fato, 55% dos entrevistados acredita que marcas e empresas estão respondendo de forma mais rápida e eficaz do que o governo.
Segundo o estudo, 90% dos entrevistados “querem que as marcas façam tudo o que podem para proteger o bem-estar e a segurança financeira de seus funcionários e fornecedores, mesmo que isso signifique perdas financeiras substanciais até o fim da pandemia”.
Na prática, isso significa que os consumidores querem ver e ouvir o que as marcas e as joalherias estão fazendo para ajudar durante a pandemia, em vez de ver a venda direta de produtos como mídias sociais e outros canais digitais.
Isso pode ser qualquer coisa: como as joalherias cuidam dos funcionários para garantir que eles estejam seguros e com suporte financeiro, como a empresa está arrecadando dinheiro para uma instituição de caridade em particular ou até fabricando equipamentos que ajudarão a combater o vírus.
80% dos entrevistados dizem que querem que a publicidade da marca “se concentre em como as marcas ajudam as pessoas a lidar com os desafios da vida relacionados à pandemia”; 77% disseram que querem que as marcas “falem apenas sobre produtos de maneira a mostrar que estão cientes da crise e do impacto na vida das pessoas”; e 78% classificaram os médicos como porta-vozes credíveis das ações relacionadas a vírus da marca. Celebridades (26%) e influenciadores (28%) despencaram em popularidade como porta-vozes durante a pandemia.
A pesquisa também revelou que 85% dos entrevistados desejam que as marcas usem seu poder para educar, inclusive oferecendo informações instrutivas sobre como se proteger do contágio. Para os joalheiros, isso pode destacar a importância da higiene das joias e fornecer orientações sobre como fazê-lo.
Durante esse período, as empresas devem concentrar suas mensagens em soluções, não em vendas. Os entrevistados dizem que querem conexão emocional, o que significa ajudá-los a ficar perto de pessoas das quais estão sendo forçados a se distanciar fisicamente. 83% também querem uma conexão compassiva, incluindo mensagens da marca que comuniquem empatia e apoio às lutas que enfrentam, enquanto 84% desejam canais sociais da marca para facilitar um senso de comunidade e oferecer apoio aos necessitados.
Outro ponto da pesquisa que os empresários do setor devem ficar atentos é o fato de 65% dos entrevistados afirmarem que a resposta de uma marca na crise terá um enorme impacto na probabilidade de comprá-la no futuro. Então, no ramo de joias, agora não é hora de relaxar, mas usar ativamente as ferramentas para comunicar a personalidade, os valores e o papel da empresa na comunidade.