A joalheria dos ovos imperiais russos foi adquirida pela SMG Capital, que pretende expandir a presença internacional da marca
A famosa joalheria dos ovos imperiais russos, a Fabergé, foi vendida pelo grupo britânico Gemfields por US$ 50 milhões (cerca de R$ 272 milhões na cotação atual) no último dia 11.

De acordo com informações do jornal britânico The Guardian, a compra foi realizada pela SMG Capital, empresa americana de investimentos controlada pelo investidor de tecnologia Sergei Mosunov, que é russo e vive no Reino Unido. Mosunov, que nasceu na Rússia e, atualmente, vive no Reino Unido, afirmou que assumir o papel de “guardião” da Fabergé é uma honra. Ele destacou ainda o compromisso em expandir a presença internacional da marca, reforçando o prestígio histórico que conecta a joalheria a países como Rússia, Inglaterra, França e Estados Unidos.
Atualmente, a Fabergé segue produzindo peças exclusivas de alta joalheria, mas também aposta em coleções mais acessíveis, sempre mantendo o design refinado e a tradição artesanal que consolidaram sua reputação mundial. Com o novo comando, a expectativa é que a maison amplie seu alcance ao apostar em canais exclusivos e presença digital, buscando atrair tanto colecionadores quanto novos públicos.
A história da joalheria com a família imperial russa
A joalheria é famosa pelo sucesso dos 50 ovos com joias encomendados pela família imperial russa de 1885 a 1916. Os ovos são criações de luxo produzidas pelo joalheiro Peter Carl Fabergé, de origem germano-báltica, e seus assistentes.
O papel deles na cultura e na história da Rússia é complexo. Eles foram concebidos como presentes para a família imperial, e, como tal, tiveram que ser feitos com os melhores materiais, em detalhes exatos, e com arte que agradaria até mesmo o olhar mais perspicaz.
Os objetos têm sido sinônimo de riqueza e luxo desde que começaram a ser feitos para o czar Alexandre III, em 1885. O objetivo principal era presentear sua esposa, Maria, e isso acabou se tornando tradição durante trinta anos, sendo produzidos apenas 56 exemplares para a família imperial. Atualmente, não se sabe quantos sobreviveram ao tempo e nem o paradeiro de casa.
A Revolução Russa trouxe um fim violento para a Casa Fabergé, quando os bolcheviques tomaram as oficinas e fecharam toda a produção, e a família fugiu. Ela foi relançada em 2009, com sua primeira coleção desde 1917.
Com informações de The Guardian e Uol

