Há oito anos foi descoberto um sítio arqueológico composto de geoglifos, elevações artificiais de terra, escadas de pedra, artefatos de pedra (inclusive esmeraldas) e de cerâmica indígena
Fonte: Rondonia ao Vivo
Antonio, o Andarilho, do grupo Andarilho Expedições, que realiza excursões e expedições em motocicletas, publicou ter encontrado três pirâmides na floresta de Rondônia. “São cumes alinhados e diferença de 100 metros de altura entre elas”, disse Antônio. “Vou manter sua localização sob sigilo, pois estão dentro de um parque nacional, aqui em Rondônia”, contou ele, em mensagem ao jornalista e pesquisador Montezuma Cruz, de Porto Velho.
Há oito anos foi descoberto e registrado no cartório de Rolim de Moura, um sítio arqueológico composto de geoglifos, elevações artificiais de terra, escadas de pedra, artefatos de pedra (inclusive esmeraldas) e de cerâmica indígena, que fica numa região a 402 km de Porto Velho.
Tudo tem mais de mil anos e faz parte de um conjunto de achados que se configuram patrimônio arqueológico da humanidade. Ao revelar a existência do sitio arqueológico localizado entre Rolim de Moura, Alta Floresta do Oeste e Alto Parecis, o pesquisador, farmacêutico, bioquímico e perito criminal voluntário, Joaquim Cunha da Silva, que morreu em 9 de setembro de 2016, alertou estudiosos, o Ministério Público e o Governo Federal sobre a necessidade de uma discussão com base científica e antropológica.
“Quero proteger isso tudo do avanço cada vez maior das queimadas e do desmatamento indiscriminado feito por tratores, para extração de madeiras, criação de áreas de pastagens e para a construção de usinas hidrelétricas”, justifica ele. No documento registrado em cartório, ele praticamente repetiu os dados sobre as mais recentes descobertas e fez considerações a respeito do perigo iminente da devastação. Apelou ainda à Polícia Federal e à Superintendência Regional do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e já antecipou a fatalidade, caso não sejam tomadas as devidas providências em relação à conservação dessas descobertas: “Nas áreas entre os geoglifos têm ocorrido queimadas e derrubadas com tratores, ambas com o fim de ampliação das pastagens”, disse Cunha ao Ministério Público Federal.
Segundo ele, as queimadas anuais não respeitam nem as margens dos rios. “Uma nova queimada seria desastrosa, porque destruiria os geoglifos”, levando-se em conta a característica peculiar destes geoglifos de Rondônia, informou o pesquisador no termo de declaração. Cunha alertou para a destruição de geoglifos, principalmente no entorno da Reserva Biológica do Guaporé, no distrito de Izidrolândia, em Alta Floresta do Oeste.
Assim, estão diretamente ameaçados os geoglifos dos sítios arqueológicos Pirâmide do Condor e painel da Via Láctea, ambos localizados em Alta Floresta do Oeste.