Os objetos foram encontrados em três túmulos que datam do século V a.C. e teriam sido criados por um antigo povo nômade
Por Alessandro Di Lorenzo*
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Uma descoberta impressionante foi feita por pesquisadores que desenterraram três túmulos que datam do século V a.C. Eles localizaram joias de ouro e diversas armas criadas por um povo antigo nômade que habitou a área.
O achado aconteceu na região ocidental de Atyrau, ao norte do Mar Cáspio e que faz parte do atual Cazaquistão. Os cientistas já consideravam que este era um território antigo dos sármatas, mas as novas evidências sugerem que na verdade o local estava no centro dele.
De acordo com as informações divulgadas em comunicado pelo governo do Cazaquistão, no total, mais de mil artefatos já foram recuperados dos túmulos da região, e cerca de 100 eram ornamentos de ouro e joias do estilo sármata “animalesco”.
Os artigos de joalheria, especificamente, reproduzem predadores que habitavam a região naquela época, como leopardos, javalis e tigres.
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Povo nômade foi aliado de outras tribos e impérios
Os sármatas eram nômades que dominaram a estepe entre a Europa Oriental e a Ásia Central No século V a.C. Eles são mencionados pela primeira vez em escritos persas baseados em histórias orais antigas e podem ter feito parte da cultura cita mais ampla de nômades que se estendia do Mar Negro à China.
Eles foram aliados dos godos e outras tribos germânicas que se estabeleceram nas terras do Império Romano do Ocidente após sua queda. Além disso, às vezes serviram como cavalaria pesada para o Império Bizantino.
Os arqueólogos também descobriram que este povo sepultava seus mortos em enterros individuais. Junto com os restos mortais, eles depositavam armas de ferro e bronze, bem como joias e utensílios domésticos.
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O alto valor de alguns artefatos sugere o sepultamento de sármatas ricos ou até mesmo espécies de reis daquele período.
*Alessandro Di Lorenzo em colaboração para Olhar Digital