Débora Rodrigues
As joias superaram os carros luxuosos e são apontadas como um bom investimento, segundo relatório de Índice de Investimento de Luxo da agência londrina de imobiliária e consultoria Knight Frank. Com os valores em alta nos últimos 12 meses – subiram 4% até 30 de junho – superaram os carros, que tiveram aumento de 2% no valor no último trimestre de 2017 e lideravam o ranking.
Nos últimos cinco anos, os preços das joias subiram 49% e na última década, passaram dos 142%, conforme o documento. As pérolas são vistas como melhores investimentos, com valores chegando a um aumento de 285% nos últimos dez anos. Mas em contrapartida, seu crescimento se estabilizou, ao contrário do que houve com joias mais modernas, que tiveram aumentos mais acentuados.
Jean Ghika, um dos colaboradores para a produção do relatório e chefe da equipe de joias de Londres na casa de leilões Bonhams, avalia que essa tendência de olhar para as joias como uma forma de lucrar vem da era da pós-guerra. Segundo explica, se olha mais para as peças com ênfase no design, qualidade e mão de obra. “Essas peças, muitas vezes únicas ou em oferta limitada, são fáceis de usar, distintivas e cada vez mais procuradas por colecionadores exigentes.”
Dados da Fancy Color Research Foundation corroboram para o relatório e mostram que os preços dos diamantes coloridos cresceram 89% nos últimos dez anos. Os relógios de luxo avançaram 65% no mesmo período, dos quais 24% foram nos últimos cinco anos e 4% ao longo de 12 meses.
“A joia sempre foi uma forma de riqueza portátil”, avaliou Andrew Shirley, editor do Relatório da Knight Frank. “Há poucos outros investimentos de paixão que você pode simplesmente pegar, colocar no bolso e até carregar no bolso em caso de emergência”.