Maison francesa foi premiada com o Gemstone Prize, na categoria pedra preciosa; esmeralda de 30,75ct que adorna a joia é de origem brasileira

Por Dani Rudz
O colar Apogée, da coleção de alta joalheria Louis Vuitton Virtuosity, foi premiado com o Gemstone Prize, na categoria pedra preciosa, no 1º Grand Prix de la Haute Joaillerie de Mônaco, uma premiação inédita dedicada exclusivamente à excelência joalheira.
A conquista consolida a entrada da maison francesa em um território que, até pouco tempo atrás, era dominado por casas centenárias como Cartier, Van Cleef & Arpels, Boucheron e Harry Winston. A Louis Vuitton, que iniciou sua jornada na alta joalheria há apenas 15 anos, demonstra agora que não é mais “uma marca de moda que faz joias”, mas um dos players mais influentes da joalheria contemporânea.
E o Brasil também marca sua presença nessa premiação: a esmeralda que adorna o colar é de origem brasileira. Mais uma gema do Brasil se destaca no mercado de luxo global e no mercado de alta joalheria mundial.

Arquitetura e engenharia de precisão
Criado pela diretora artística de joias e relógios da marca, Francesca Amfitheatrof, o colar Apogée faz parte de uma linha de peças arquitetônicas e futuristas que marcam a estética atual da maison.
O prêmio reconheceu:
- engenharia de movimento;
- leveza estrutural em pedras de alto quilate;
- encaixes invisíveis de complexidade extrema;
- equilíbrio entre design imponente e ergonomia real de uso.

O colar Apogée traz uma esmeralda brasileira de 30,75 ct em lapidação gota. Foram necessárias cerca de 2.081 horas de trabalho para a confecção da peça, que é também cravejada com um excepcional diamante D Flawless de 10,56 ct, moldado no corte LV Monogram Star.
Alças articuladas se inspiram na elegância funcional dos baús Louis Vuitton e detalhes semelhantes a cordas revelam um poderoso equilíbrio de feminilidade, determinação e expertise.
O Apogée representa uma tendência clara da alta joalheria atual: peças que exigem não apenas domínio artesanal, mas soluções técnicas e estruturais típicas da engenharia de precisão.
A cerimônia
Esta foi a primeira edição da premiação, algo que, por si só, já é significativo. O mercado de luxo tem agora um “Oscar da alta joalheria”, uma instituição formal voltada exclusivamente para:
- rigor técnico;
- inovação;
- design;
- preservação de savoir-faire;
- excelência de execução.
O fato de a Louis Vuitton levar um dos principais prêmios justamente na primeira edição marca sua chegada definitiva ao topo da joalheria mundial.
O Apogée celebra a virtuosidade dos ateliês e a dimensão visionária de seus artesãos, assim como o savoir-faire essencial à expressão criativa. Revelada por meio de 110 peças únicas distribuídas em 12 temas, a coleção Louis Vuitton Virtuosity apresenta dois universos distintos: The World of Mastery e The World of Creativity revelando o extraordinário em alta joalheria.
O reconhecimento do colar Apogée aponta para três movimentos importantes:
1) A era da joalheria de alta complexidade técnica: não basta mais ser bonita, a peça precisa surpreender em engenharia e inovação.
2) A chegada das maisons de moda ao topo da joalheria: Louis Vuitton, Dior, Chanel e Gucci estão disputando espaço com joalherias tradicionais e ganhando espaço.
3) A consolidação da joalheria como “pilar de valor” do luxo: é o segmento que mais cresce, mais fideliza clientes e mais cria ícones duradouros.
A vitória da Louis Vuitton gerou reação rápida entre especialistas de joias, colecionadores e críticos.
- Reconhecimento formal da nova liderança da LV na alta joalheria;
- Expectativa de que outras maisons reforcem suas coleções para competir nesse mercado;
- Discussões sobre o avanço da engenharia dentro da joalheria tradicional;
- Debate sobre o impacto dessa conquista no posicionamento da marca nos próximos anos.
Para muitos, agora a Louis Vuitton não apenas “participa” da alta joalheria, ela está moldando os próximos capítulos do setor.
Fonte: Dani Rudz para Times Brasil

