O filme sobre a primeira engenheira negra da NASA têm pérolas na trama
Por Clara Lemos
Joias têm sempre significados especiais, seja na vida real ou no cinema. Agora, um colar de pérolas ficou famoso graças ao filme “Estrelas Além do Tempo”, inspirado em Mary W. Jackson, a primeira engenheira negra americana da agência NASA. Ela também foi homenageada pela agência que adotou seu nome para renomear sua sede. O filme conta sua história e também a de outras mulheres negras que trabalhavam como matemáticas ou “computadoras” e eram responsáveis pela checagem de números complicados no desafio de lançamento do primeiro homem americano na órbita da terra no contexto da corrida espacial com a Rússia.
Elas vivenciaram racismo e sexismo no local de trabalho amplamente segregado no Langley Research Center em Hampton, Virginia. O filme se passa em 1961, quando um colar de pérolas era praticamente onipresente e amplamente usados pelas mulheres mais abastadas. A personagem principal Katherine Goble, interpretada por Taraji P. Henson, passa por várias situações de machismo e racismo na trama e quando já está farta faz um discurso de indignação onde cita as pérolas, dizendo que não poderia pagá-las com seu salário, que é muito menor do que o dos outros membros da equipe. Quando seus colegas começam a reconhecer a importância dela no trabalho, eles a presenteiam com um colar de pérolas de presente de noivado.
Outro momento do filme onde as joias assumem o protagonismo é quando Katherine, viúva e mãe de três filhos, é pedida em casamento por um oficial militar interpretado por Mahershala Ali, que a propõe com um anel de noivado de três pedras de safira e diamante, que ornamenta uma das cenas mais românticas de pedido de casamento de todos os tempos.