Empresa suíça é a primeira do mundo a introduzir fibra natural, semelhante a teia de aranha, no mundo dos relógios
Por Erica Mendes
Em janeiro, a suíça Omega inovou e lançou a primeira coleção de pulseiras para relógios do mundo feitas de um material batizado de Biosteel. Desenvolvidas em parceria com a empresa de biotecnologia alemã AMSilk, as pulseiras são de matérias-primas naturais, provenientes das mesmas proteínas que as aranhas usam para construir suas teias.
Chamado pela Omega de ‘tecido do futuro, as pulseiras de seda de aranha sintética são 30% mais leves, mais resistentes e respiráveis do que os materiais sintéticos convencionais, além de terem textura suave ao toque e de possuírem propriedades antibacterianas e antialérgicas. E por ter a fibra biodegradável, sem nenhum produto de origem animal em sua composição, a pulseira está ganhando a ‘vibe’ de ‘vegana’.
Essa inovação da Omega mostra que a marca está afinada com dois importantes insigths que estão atrelados às megatendências ‘melhor que natural’ e ‘atributos do luxo’.
A primeira refere-se a uma adoção épica por produtos e marcas ‘naturais’ e artesanais, que vão de comida à beleza e à moda. No entanto, graças aos rápidos avanços na biotecnologia, surge um ponto crítico de inflexão, ou seja, uma possível mudança de rota, uma vez que os novos materiais projetados oferecerão aos consumidores soluções inovadoras que são, literalmente, melhores do que seus equivalentes naturais em durabilidade, desempenho, ética ou sustentabilidade.
A segunda mostra que a estratégia do seu parceiro AMSilk com a Biosteel é muito inteligente, semelhante à da Tesla, ao mirar o segmento de luxo, atraindo consumidores que são menos sensíveis ao preço e tornando seu produto aspiracional. Isso comprova que ao lançar um novo produto revolucionário, você pode torná-lo um símbolo de status e não uma ameaça à um mercado tão tradicional quanto o relojoeiro suíço.
