Grife revisa suas estratégias para fortalecer seus pontos de venda
Por Gabriel Moura
A crise financeira atingiu uma das gigantes do mercado mundial de joias. A Pandora anunciou que demitirá 397 empregados buscando um “ajuste organizacional” depois de atingir resultados considerados decepcionantes no segundo trimestre e avaliar que há poucas chances de recuperação até o final de 2018. As mudanças reduzirão os custos em cerca de US $ 23,3 milhões por ano.
A maioria dos cortes ocorrerá nas fábricas em Bangkok e Lamphun, na Tailândia. A empresa, com sede em Copehnhagen, na Dinamarca, atualmente mantém 27 mil funcionários em todo o mundo. O diretor de assuntos externos, Johan Melchior, disse que haverá menos de dez demissões nos Estados Unidos, de um total de 2.300 funcionários.
A simplificação do negócio ajudará o desempenho financeiro da Pandora, reduzindo a complexidade e transferindo recursos para prioridades estratégicas, como vendas digitais e de e-commerce, segundo explicou o CEO Anders Colding Friis. Ele explicou que a empresa quase dobrou de tamanho nos últimos três anos, com novas práticas organizacionais surgindo em diferentes áreas. “Infelizmente, as mudanças significam que bons funcionários perderão seus empregos, e nós estamos apoiando-os da melhor maneira possível”, acrescentou Friis.
A joalheira anunciou baixou sua previsão anual de receita fiscal, que deve aumentar de 4 a 7%, abaixo dos 7 a 10% anunciados anteriormente. Isso decorre em parte de um relatório de receita abaixo da expectativa referente ao segundo trimestre.
Ultimamente, a Pandora tem enfrentado uma variedade de desafios, incluindo a prevalência de produtos do mercado cinza na China, o que fez com que ela reduzisse os preços de varejo em cerca de 15% para combater a venda de produtos não-licenciados. As vendas nos Estados Unidos, seu maior mercado, caíram 8% no primeiro trimestre desse ano.