FENINJER+

Setor de joias e bijuterias em Minas Gerais tem crescimento no primeiro bimestre de 2025

Setor de joias e bijuterias em Minas Gerais tem crescimento no primeiro bimestre de 2025

Setor de joias e bijuterias em Minas Gerais tem crescimento no primeiro bimestre de 2025

É estimado crescimento entre 5% e 10% nos dois primeiros meses do ano em comparação com o mesmo período de 2024

Joias Crédito Adobe Stock

Por Ana Paula Moreira*

Após terminar 2024 com crescimento de 5%, o mercado de joias e bijuterias em Minas Gerais mantém cenário positivo nos primeiros meses de 2025. Mesmo com questões que impactam o setor, como a alta do ouro e importações do mercado asiático, o Sindijoias Ajomig estima um crescimento entre 5% e 10%. 

As estatísticas ainda não estão prontas, mas a gente consegue falar sobre um panorama de um primeiro bimestre mais positivo em relação ao mesmo período do ano de 2024. A gente pode falar num percentual ainda bem modesto, mas numa casa entre 5% e 10% de crescimento”, ressalta o presidente Sindijoias Ajomig, Murilo Graciano. 

Segundo Graciano, a instabilidade do cenário econômico mundial afeta as estimativas do setor. No entanto, as projeções são de crescimento também para o restante do ano. 

Nós temos expectativas muito boas para o ano de 2025, respeitando todas essas características internas e externas no mundo político e econômico”, avalia. “Obviamente que o cenário econômico brasileiro aliado a uma política ainda muito incerta, faz com que as nossas expectativas não sejam tão vorazes”, completa.

Principais desafios do mercado de joias e bijuterias

Um dos desafios enfrentados pelo setor é a alta do ouro, que, em 2024, bateu recordes históricos com avanços que superam 30%. O preço elevado do metal impacta tanto o mercado brasileiro como o externo e faz com que a indústria busque estratégias para seguir crescendo. 

O produto acaba se tornando mais caro devido à alta de um dos principais insumos da joalheria, que é o metal. Isso impactou fortemente nas vendas tanto no atacado como no varejo. Mas fez com que as marcas tivessem que encontrar outros meios, como a diminuição do peso do metal na confecção de suas peças, seja utilizando outros materiais, como pedras preciosas”, destaca Graciano. 

A concorrência com o mercado asiático, principalmente o chinês, também afeta o mercado de joias e bijuterias no Estado.

“A gente tem como desafio também a importação de produtos oriundos, principalmente do mercado asiático, que chegam no Brasil com impostos ainda bem reduzidos, e isso faz com que a indústria nacional seja um pouco prejudicada. Tivemos algumas conquistas como a alíquota de importação para produtos até US$ 50, ainda não adequada”, explica.

Estratégias para aumentar as vendas em Minas

Para superar tais dificuldades, o mercado de joias em Minas Gerais encontra novas formas para ampliar os negócios. O dirigente destaca que as feiras hoje são um forte canal de vendas para o setor, porém, a estratégia das empresas do ramo é avançar no ambiente digital.

Segundo ele, essas estratégias estão sendo desenvolvidas desde a pandemia, outro fator que afetou significativamente o mercado de joias e bijuterias no Brasil. 

As empresas também já estão se adequando, se ambientando em um novo cenário de consumo. É um período de grande aprendizagem pós-pandemia, em que as empresas tiveram que se movimentar para driblar todo lado negativo que a pandemia trouxe. As empresas, agora, já estão começando a colher, a prosperar um pouco mais”, destaca. 

*Ana Paula Moreira para Diário do Comércio – Minas Gerais

Compartilhar
plugins premium WordPress
Rolar para cima