Com lojas em Belo Horizonte (MG), São Paulo e Santiago, no Chile, a Jeecler é considerada a primeira marca brasileira de alianças de alta joalheria, com modelos totalmente autorais.
Por Helenice Laguardia
Com história no mercado de joias, o fundador e CEO da Jeecler, Joalysson Conrado, trouxe para o Brasil, em 2015, o conceito de “Joalheria Office”; foi considerado joalheiro do ano em 2016, pelo prêmio “The Best”; criou o primeiro modelo de alianças de casamento para o público LGBTQIAPN+ do mundo e conseguiu licenciar o produto com o cantor Lulu Santos.
Joalysson também já fez alianças para Carlinhos Maia, joias para Marília Mendonça, Lucas Lucco, Déborah Secco e muitos outros famosos. A marca foi vendida em abril 2021.
Origem
O empresário criou uma marca do zero e a vendeu em uma operação de M&A, e, agora, está à frente da Jeecler, marca lançada há cerca de um ano em Belo Horizonte.
“Reinventamos as alianças de casamento, não apenas do ponto de vista do design, mas, também, da usabilidade. Através do “Versy” – mecanismo único no mundo, exclusivo e patenteado pela Jeecler – é possível literalmente desmontar as alianças, inserir e retirar acessórios e mudar o design, a textura e a cor das alianças, com simples e delicados movimentos de rosqueamento”, explica o fundador da Jeecler.
Expansão
Hoje, a Jeecler que está em processo de expansão já conta com três unidades: Belo Horizonte, São Paulo e Santiago (Chile).
Eventos Jeecler
Na contramão do mercado, a Jeecler tem investido em eventos sofisticados e exclusivos para estreitar laços com seu público-alvo e apresentar suas coleções. “A internet é, sem dúvida, um excelente canal de vendas; mas estamos em processo de construção de marca e gosto de fazer o que ninguém está fazendo. Decidimos escolher quem teria acesso aos nossos produtos, pelo menos inicialmente. Ainda não temos presença forte nas redes sociais, não vendemos on-line e, hoje, as únicas maneiras de se adquirir uma joia Jeecler é por meio dos eventos exclusivos para convidados e através do ‘Jeecler Private Club’, uma comunidade restrita também para convidados”, explica Joalysson Conrado, CEO e fundador da marca.
A seguir uma conversa com Joalysson Conrado:
A marca Jeecler nasceu onde?
Nasceu em Minas Gerais, Belo Horizonte; no bairro Lourdes.
A marca Jeecler está no mercado há quanto tempo? Um ano.
Qual é o tíquete médio das pessoas que compram Jeecler?
R$ 100 mil.
A marca vai crescer por lojas físicas ou vai investir mais no e-commerce?
Vai crescer por meio de lojas físicas.
Qual é o público predominante da Jeecler?
É o consumidor “triple a”.
Qual é o diferencial da Jeecler em relação às outras joalherias?
São os modelos autorais e inovadores.
Quais são os principais desafios do mercado joalheiro atualmente?
Estabelecer uma marca de luxo no Brasil, com concorrentes internacionais com séculos de história e muito caixa tem sido o maior desafio.
Qual é o investimento necessário para abrir mais unidades?
Iremos investir R$ 2 milhões em 4 novas unidades: novo espaço em São Paulo; Goiânia, Brasília e Balneário Camboriú.
Qual é a pesquisa que você faz para escolher as novas praças?
Contratamos uma empresa que está nos assessorando na estruturação do projeto de expansão: Auddas; é referência no mercado. Eles realizam pesquisa de mercado e apontam as melhores praças, de acordo com o nosso público.
Quantas pessoas você emprega?
Atualmente temos 35 funcionários fixos e 11 terceirizados.
As novas lojas são próprias ou a expansão vai se dar por franquia?
São lojas próprias.
Conta um pouco sua trajetória?
Nasci em São Luís, no Estado do Maranhão. Meu pai era taxista e minha mãe dona de casa; sempre me incentivaram a estudar e sempre me cobraram muito. O início na joalheria, em 2014, foi difícil, pois é um ramo muito “fechado” e não tinha amigos nem familiares no setor. Divorciei, fui prestar consultoria para uma joalheria e acabei ficando. Belo Horizonre foi a virada de jogo, estava em uma situação muito difícil, após o divórcio. A primeira joalheria faliu.
Qual foi o próximo passo que você resolveu dar?
Aí eu recomecei, lancei minha segunda marca, que se chamava Seven Alianças de Luxo. Lulu Santos (cantor) licenciou um modelo que vendeu muito e mudou minha vida. Depois dele fiz alianças para Carlinhos Maia, joias para Marília Mendonça, Lucas Luccos, Déborah Secco e muitos outros famosos. A marca foi vendida em abril 2021.
Qual é a origem do nome Jeecler para a sua joalheria?
Foi um ‘brainstorm’ comigo mesmo. Queria um nome único, com pronúncia sofisticada e que remetesse ao francês; queria também a inicial do meu pai (Joacy – já falecido) e o sobrenome dele (Conrado); queria também um @ “puro” nas redes sociais, como @gucci, @prada, @dior etc. Surgiu @jeecler. É um nome curto, chique, internacional e foi uma forma de eternizar o nome do meu pai.
*Helenice Laguardia para o jornal O Tempo