Usada como expressão de fé, a joia também assume um charme discreto e fashion
Por Débora Rodrigues
Já virou tradição no varejo. No final de ano as joias ligadas à fé e a espiritualidade passam a ser mais procuradas nas lojas. Entre medalhas de santinhos e símbolos religiosos, o escapulário se destaca como uma das peças que mais têm puxado as vendas na linha de devoção.
Na temporada atual a joia deve ter ainda mais procura, pois está em alta no mundo fashion. Os escapulários têm sido vistos no pescoço de famosas e famosos. Homens e mulheres tiram partido do acessório, tanto para expressar seu lado religioso, como para garantir aquele charme discreto, mas indispensável no dia a dia.
Como surgiu
A joia é uma das mais antigas e tradicionais formas que o homem usa para expressar a sua devoção ao sagrado. Desde o Antigo Egito o homem tem usado joias para expressar a sua devoção. Na Idade Média a arte sofreu grande influência religiosa (teocentrismo), fazendo com que as joias eclesiásticas ganhassem força. Foi nessa época que se tornou popular o uso de escapulários, crucifixos e relicários por homens e mulheres.
O Escapulário era uma espécie de avental, que caia na frente e atrás, usado pelos eremitas, localizados no Monte Carmelo, na Palestina. Eles ficaram conhecidos como a Ordem do Carmo e viviam em um local sagrado para os Mulçumanos. Com a conquista da terra Santa, foram obrigados a abandonarem a região.
O líder da comunidade, chamado Carmelita Simão Stock, admirado pela sua santidade, foi eleito Superior Geral da Ordem. Reza a lenda que ele, angustiado com a situação em que se encontravam os seus irmãos carmelitas, passou a pedir a Nossa Senhora que protegesse a sua Ordem.
Assim, no dia 16 de julho de 1251, enquanto eles rezavam no convento, segundo conta a história, Nossa Senhora apareceu com o menino Jesus rodeados por anjos. Nesse momento, a Santa apresentou a ele o escapulário, afirmando que aquele objeto protegeria o seu povo. Desde então a imagem passou a ser divulgada e reproduzida em forma de joia.