A pedra preciosa é a mais mutante dos quartzos por apresentar uma variedade de cor quando exposta a ação do calor
Por Erica Mendes
A ametista é a gema do mês de fevereiro, dos nascidos sob os signos de sagitário, capricórnio, aquário e peixes e dos formandos em biblioteconomia, ciências sociais, design de moda, geografia, história, hotelaria, letras e teologia. É ela também que celebra o primeiro ano de casamento na nova tabela de bodas, sendo muito comum mulheres recém-casadas exibirem joias com ametista.
Seu nome tem origem na palavra grega ‘amethsutos’, que significa ‘não ébrio’, ou seja, ‘que não está em estado de embriaguez’. Assim, acredita-se que ao usar uma ametista a pessoa não desenvolva dependência ao álcool e, portanto, não se torne alcoólatra.
Da classe mineral dos silicatos e da espécie mineral do quartzo, a ametista pode ser mineirada em depósitos aluvionares e também ser encontrada no interior de gretas ou geodos, muitas vezes cristalizadas sobre uma base de ágata. Seus cristais têm dureza 7 na tabela de Mohse, em geral, apresentam cor mais intensa nas pontas.
Apesar de também ter jazidas no Uruguai e na África, é no Brasil que estão as mais importantes, principalmente no Rio Grande do Sul e no Pará.
Ela é uma das pedras mais apreciadas do grupo dos quartzos, embora não seja muito rara. Sua cor é oriunda de traços de ferro e de manganês, podendo variar do roxo azulado ao roxo avermelhado. Sua melhor cor é chamada púrpura real, de um violeta profundo e puro. Quanto mais a saturação e homogeneidade da cor, maior o valor da ametista.
Ametista muda de cor
A ametista é considerada uns dos quartzos mais mutantes por mudar de cor quando exposta a ação do calor. O aquecimento de 400° e 500°C faz aparecer uma gama de cores entre o amarelo e laranja amarronzado, como o citrino, e até um vermelho granada.
A temperatura a 500°C faz a ametista ficar verde, sendo comercializada com o nome de prasiolita. E quando aquecida a mais de 575°C, ela fica incolor, com um brilho multicolorido como o da pedra-da-lua.
Cristais de ametista que misturam a cor verde e lilás têm sido encontrados no Zimbábue. Como estas gemas estão nas camadas superiores da crosta supõe-se que o calor do sol tenha causado a mudança de cor.
A cor original pode ser recuperada através de radiações com raios X.