FENINJER+

Cidade histórica ganha título de capital da prata

Cidade histórica ganha título de capital da prata

Cidade histórica ganha título de capital da prata

Prata de Pirenópolis recebe indicação de procedência geográfica do INPI

Gabriel Moura

O Instituto Nacional da Propriedade Industrial reconheceu a notoriedade da região goiana na fabricação de joias artesanais em prata e concedeu a cidade histórica de Pirenópolis o título de capital da prata pela produção de suas joias artesanais.

Pirenópolis está localizada a 150 km de Brasília e atrai visitantes pelas belas paisagens, por sua arquitetura colonial, boa gastronomia e atrações culturais. Agora, ela também recebeu a indicação geográfica na modalidade de Indicação de Procedência, que reconhece e protege um território notório pela fabricação, produção ou extração de um determinado bem ou serviço.

Com a nova indicação, o Brasil passa a ter 64 registros de indicação geográficas nacionais – 53 indicações de procedência e 11 denominações de origem, que é quando as características do meio geográfico conferem propriedades específicas a um produto. Além das nacionais, o Brasil reconhece nove denominações de origem de bens de outros países, como o Champagne, da França. Esta é a segunda IG de Goiás, que também tem protegido o açafrão de Mara Rosa.

A produção de joias em prata na cidade goiana começou na década de 70, depois da chegada de jovens de todo o país que fundaram a comunidade hippie Terra Nostra. Foram eles que trouxeram para o pequeno município os princípios básicos de fabricação de joias em prata. O curioso é que ali não existem minas para extração do metal, mas sim a reciclagem de materiais que contém prata, como revela a diretora da Associação Cultural e Ecológica dos Artesãos em Prata de Pirenópolis, Marisa Pacheco.

Segundo ela, a matéria-prima usada para fabricar as peças vem de sucata eletrônica como placas de computador e equipamentos hospitalares, por exemplo. “Nossas peças, além de terem desenho e técnicas de fabricação específicas da nossa região, são sustentáveis”, defende. Com o título espera-se que a cidade ganhe visibilidade e também se torne um novo atrativo para trazer consumidores e turistas. “Cada vez mais, as pessoas querem consumir algo com uma história própria”, lembra a diretora.

O processo para o reconhecimento começou em 2014, quando o Sebrae aplicou um diagnóstico de potenciais IG no estado e concluiu que o território tinha esse diferencial. A partir disso, a instituição passou a apoiar os artesãos na estruturação da Indicação Geográfica. Hoje, há cerca de cem artesão e oito lojas dedicadas à joalheira artesanal na cidade, número significativo para um município de apenas 20 mil habitantes. A Aceapp conta com 25 associados.

Compartilhar
plugins premium WordPress
Rolar para cima