As gerações mais novas trazem premissas para o trabalho. Saiba como as empresas podem unir esforços e interesses para criar saídas rentáveis com ESG
Geração Z e ESG andam juntas? Quando se trata de trabalho, uma pesquisa da KPMG UK mostra que 46% das pessoas querem que a empresa em que trabalham demonstre compromisso com ESG, sendo que 1 em cada 3 Gen Z recusou uma oferta de emprego porque a estratégia ESG de uma organização não atendeu às suas expectativas.
O mercado de trabalho está mudando
As transformações estão acontecendo — de repente, estamos vendo o ChatGPT e a Inteligência Artificial levantar questões sobre o futuro de muitos postos de trabalho. Entre as áreas emergentes está também o ESG, que demanda um olhar para as complexidades multidisciplinares.
Quer um exemplo? Conforme o Canadá caminha para se tornar carbono zero, em 10 anos serão 3,1 milhões de empregos afetados, mas com uma média de 400 mil novos empregos em setores que vão demandar habilidades verdes. Esses dados são do relatório Royal Bank of Canada, de 2022.
Atração e retenção de talentos
Logo, existe um ponto sobre garantir os melhores talentos, com as skills necessárias para lidar com as transformações do mundo. Com isso, até 2025, 75% da população ativa será de millennials, que precisará ter planos confiáveis para abordar ESG nas organizações se quiser continuar a atrair e reter os talentos da Geração Z.
ESG e trabalho de mãos dadas
As gerações mais novas vão sentir os impactos das mudanças climáticas mais diretamente. Logo, eles carregam o ESG como premissa para o trabalho.
Uma das percepções do Global Student Outlook Report, que corrobora para isso, foi que 87% dos jovens que entram no mercado de trabalho disseram que conseguir fazer uma contribuição positiva para a sociedade e o meio ambiente é uma parte importante de sua escolha de carreira.
Como sua empresa pode se preparar?
- Comece ouvindo. A Geração Z está muito atenta ao que acontece, reconhece marcas que estão se posicionando frente aos desafios do mundo e que incorporam a ideia de autenticidade. Grandes insights podem surgir.
- Influência garante atenção. A Geração Z tem um jeito diferente de exercer influência. “Graças à tecnologia, uma pessoa de 12 anos tem a mesma capacidade de influenciar a cultura de uma pessoa de 45 anos – talvez até maior por causa de sua familiaridade com a tecnologia”, explica Andrew Roth. fundador de 24 anos da Dcdx em entrevista à Fast Company. Isso impacta também os negócios.
- Novas skills para novos desafios. Unir a experiência da empresa ao olhar de quem está chegando ao mercado de trabalho pode ajudar em saídas ainda mais sustentáveis e rentáveis à empresa.
- Alta demanda por profissionais ESG. Os pesquisadores do LinkedIn Economic Graph examinaram milhões de empregos publicados na plataforma entre 2018 e 2022 e preveem que essa tendência deve definir o futuro mundo do trabalho: ESG está no topo.
Por que importa?
Seja para garantir bons profissionais ou boas vendas, o ESG deve fazer parte do plano de ação dos negócios. Afinal, a Geração Z busca por carreiras que apoiem o desenvolvimento sustentável, os consumidores querem se sentir bem com o que compram, assim como os investidores precisam colocar dinheiro nos lugares certos. Logo, o ESG é um mercado enorme.
Dessa forma, Geração Z e empresas podem unir esforços e interesses para criar saídas dinâmicas, flexíveis e rentáveis, colocando o ESG no core.
*Camila Petry Feiler é jornalista focada em empreendedorismo, inovação e tecnologia, com especialização em Antropologia Cultural. Artigo para StarSe.
