Empresária falou do seu lema de democratização dos itens de luxo, ressaltando que a joia é possível para todas as mulheres
Nesta semana, a joalheira Marisa Clermann foi a entrevistada do programa ‘Mulheres Positivas’, da Joven Pan, apresentado pela empresária Fabi Saad. Além de defender o lema de que a joia é possível para todas as mulheres, a joalheira contou como foi passar pelo período da pandemia da Covid-19 que, segundo ela, foi o momento mais difícil da sua carreira.
1. Como começou a sua carreira? Sou economista de formação, mas minha paixão sempre foi a joalheria, couro e as pedras preciosas. Comecei, há mais de 20 anos, logo após minha separação, aos poucos, fazendo algumas joias para uso pessoal e, naturalmente, foi chamando atenção de amigas até se tornar um business. O boom da marca foi quando participei de um evento na Daslu, o Daslu Joias, com mais de 60 joalherias de renome e meu sucesso foi enorme. Logo vieram capa da Vogue com a Naomi Campbell, e outras publicações, e em seguida o sucesso no Instagram.
2. Como é formatado o modelo de negócios da Marisa Clermann? A criação das nossas joias é focada em atender os desejos dos nossos clientes, mesmo que tenham estilos e aspirações diferentes. Nosso lema é a democratização da joia, todo mundo pode e deve ter. Para trazer essas pessoas para o universo MC, fazemos um atendimento pessoal, próximo, aconchegante, único. Sempre focadas na rapidez, eficiência e disponibilidade, na MC o que parece impossível se torna realidade. Estou sempre atenta no que é tendência, nos anseios das clientes, o estilo pessoal de cada uma delas e procuro, de forma equilibrada, trazer toda essa informação para a realidade da marca, para não perder nosso DNA, tudo sempre com qualidade na matéria prima que usamos, acabamento, entrega. O objetivo da MC é ver o maior número de pessoas usando nossas joias com orgulho e alegria e contando para seus amigos que usa MC. Não importa se é apenas um piercing ou um super colar de alta joalheria.
3. Qual foi o momento mais difícil da sua carreira? Penso que foi durante a pandemia, um período cheio de incertezas, medo, desconfiança. O comportamento das pessoas mudou completamente, o isolamento mexeu com o emocional e nos trouxe desafios práticos no dia a dia para continuar trabalhando, mantendo o emprego dos nossos funcionários e continuar a fazer funcionar toda cadeia de produção. Foi o momento de usar da criatividade e sair da possível zona de conforto para continuar em pé, não foi fácil projetar o que viria pela frente.
4. Como você consegue equilibrar sua vida pessoal x vida corporativa/empreendedora? Minha vida pessoal e profissional são praticamente as mesmas. Trabalho cerca de 16h por dia, meus amigos pessoais também são meus clientes, minha filha trabalha comigo, as viagens são inspirações para criar e me conectar com o maior número de pessoas, o que de alguma forma sempre me traz novas ideias e percepções. Tiro algumas horas do dia para cuidar de mim, malhar, cuidar da saúde. Mas no geral é tudo uma coisa só.
5. Qual seu maior sonho? Não sei se tenho um grande sonho, acho que são objetivos, metas que vão se renovando de acordo com o momento que vivemos. A vida não é estática, nós vamos evoluindo crescendo e o que tinha uma grande importância hoje, amanhã já não é tão essencial. Mas de uma forma geral, o sonho de toda mulher é ter sua família emocionalmente estruturada, com saúde, prosperidade e, principalmente, todos felizes.
6. Qual sua maior conquista? Assim como os sonhos, essas conquistas vão se renovando. Mas a independência como mulher, o crescimento profissional, a construção da minha marca completamente do zero para o que representamos na joalheria hoje, é muito importante. Também é uma delícia ver mulheres poderosas e fortes, como Ivete Sangalo, Gabriela Priolli, Sabina Sato, Elizabeth Gillies, Naomi Campbell, entre outras usando minhas joias, essa é uma conquista que me dá muito orgulho e alegria.
7. Livro, filme e mulher que admira. Estou lendo a biografia da Michele Obama, um exemplo de mulher obstinada, focada e forte. Filme: o icônico Thelma & Louise, um filme que respira liberdade; Great Gatsby tem uma história que te prende, fotografia impecável e um figurino dos sonhos. Mulher: não tenho uma só que seja uma referência única, meu trabalho é feito de observar cada uma delas e admirar uma a uma, por ter orgulho das suas escolhas e batalhas, desde a dona de casa que preferiu dedicar a vida aos filhos e marido, à CEO de uma grande empresa que comanda um grande número de pessoas. Todas as mulheres são admiráveis.
*Com informações da Joven Pan