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Colares de 2,5 mil anos são encontrados na Espanha

Colares de 2,5 mil anos são encontrados na Espanha

Colares de 2,5 mil anos são encontrados na Espanha

A avaliação das peças sugere que, devido ao seu estilo e sua técnica de confecção, ambas são datadas da Idade do Ferro

No final do mês passado, um deslizamento de terra na região de Peñamellera Baja (Espanha) expôs dois colares de ouro ao solo.  O primeiro deles foi achado por um trabalhador de uma empresa local de abastecimento de água. Já o segundo foi encontrado logo depois por ele com a ajuda de detectores de metais, na presença de arqueólogos da Universidade da Cantábria e do Museu Arqueológico das Astúrias .

A avaliação dos artefatos sugere que, a partir do estilo e técnica empregados em suas confecções, ambos tenham sido produzidos por volta do ano 500 a.C., quando a região onde hoje se encontram Espanha e Portugal ainda vivia a Idade do Ferro (séculos 5 a 2 a.C). Além disto, mesmo com sinais de desgaste, é possível indicar que as peças representavam as particularidades da ourivesaria da época, podendo ter sido utilizadas por indivíduos de prestígio na sociedade.

Estas joias rígidas e redondas eram também usadas pelos povos celtas e germânicos. Segundo explica Ángel Villa, especialista do Museu Arqueológico das Astúrias, em ambas as peças se concentram todas as técnicas da Antiguidade, “utilizadas por um ourives de extraordinário talento: fundição, filigrana, granulação e soldadura, aliadas a motivos e estilos estéticos e geométricos”.

Foto colar 1: O primeiro colar tem hastes com motivos geométricos chamadas de ‘torques’ devido ao seu formato torcido’. Já o segundo é composto pelos seus seis fragmentos e tem um aro retangular com cabeçais. Foto: Museu Arqueológico das Astúrias

“Essa descoberta é extremamente importante porque, pela primeira vez, sabemos a procedência exata de dois desses objetos valiosos, símbolo máximo de prestígio para as comunidades pré-romanas, e o contexto em que foram depositados, o que nos permitirá resolver muitos enigmas sobre os quais não tínhamos informações”, disseram autoridades envolvidas na investigação, ao El País.

Embora joias assim fossem geralmente usadas por guerreiros, os pesquisadores arqueólogos supõem que as peças podem representar uma acumulação de riqueza comunitária ou de um único indivíduo, talvez homem ou mulher.

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