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WGSN apresenta os quatro perfis do ‘consumidor do futuro 2026’

WGSN apresenta os quatro perfis do ‘consumidor do futuro 2026’

WGSN apresenta os quatro perfis do ‘consumidor do futuro 2026’

Relatório da empresa britânica de tendências também destacas nos sentimentos que influenciarão os consumidores

A WGSN apresentou os highlights do seu mais novo relatório ‘Consumidor do futuro 2026’, durante o Congresso Digitalização do Varejo, realizado pelo E-commerce Brasil no último dia 16 de maio. 

Segundo a empresa britânica líder de pesquisas de tendências, o ano do redirecionamento chegará em 2026, quando a polarização se acirrar ainda mais após metade da população global passar pelas eleições. Com isso, os impactos das crises serão agravados e novas alianças surgirão, levando a sociedade a procurar com urgência mudanças na maneira de viver. 

Este cenário fará despontar quatro sentimentos que influenciarão os quatro perfis de consumidores que estão em ascensão. Conheça-os:

Sentimentos da atualidade

  • Angústia moral: surge quando as ações contrariam os valores pessoais, especialmente nos tempos da policrise, onde a alta do custo de vida força muitos consumidores a abandonar ideais sustentáveis. No Brasil, a fome e a insegurança alimentar afetam 21 milhões de pessoas diariamente, agravando a situação. Até mesmo os mais abastados têm sentido culpa pelos gastos extravagantes, optando por investir em memórias e serviços – um mercado atrativo para a indústria de luxo, que deve crescer 7,3% até 2030, com as marcas investindo em hospitalidade e acomodações.
  • Otimismo racional: um antídoto contra o desânimo cotidiano, emergindo como resposta ao “pico de pessimismo” e à “síndrome de mundo cruel” causada por crises tecnológicas e catastróficas. Há também a fadiga de convencimento, onde pessoas se cansam de debater pontos de vista. No Brasil, o país mais suscetível às fake news (Ipsos, 2022), o otimismo racional é particularmente relevante.
  • Anseio: sentimento comum depois das perdas da pandemia, que leva à busca por conforto e nostalgia. Estudos indicam que 83% dos consumidores estarão dispostos a adquirir produtos que remetam ao passado. Esse anseio também implica maior preocupação com o outro, beneficiando marcas menores, conscientes e locais.
  • Microalegrias: fundamentais para o bem-estar dos consumidores, oferecem recarga emocional e razão para continuar, especialmente em tempos de grande exaustão causada por conectividade excessiva e sobrecarga de responsabilidades. Espaços de compartilhamento seguro e diálogo também ganharão destaque como refúgios para o bem-estar pessoal.

Perfis de consumidor

  • Imparciais: no seu compromisso firme com a verdade e os fatos, eles combatem a desinformação. São embaixadores da sensatez, esperam promover a veracidade e combater notícias falsas por estratégias como a utilização de selos de autenticidade e a adoção de biometria em vez de senhas. Essa abordagem garante que as informações sejam verificadas e seguras.
  • Autônomos: desafiam a normatividade e criam suas próprias regras de vida, rejeitando a linearidade tradicional. Eles valorizam a igualdade e o compromisso com seus próprios ideais, apoiando iniciativas como a da Adidas, que encerrou sua parceria com Kanye West, mesmo resultando em prejuízo. Esses consumidores estão trilhando caminhos únicos e buscam conexões via criações que refletem seus valores e independência.
  • Esperançosos: estabelecem relacionamentos não-convencionais e rejeitam ideais tradicionais de produtividade, focando em conexões familiares e sociais. Eles celebram pequenas conquistas, como aniversários de pets e compras de produtos esperados, sem depender de marcos sociais convencionais. O cuidado convalescente, que valoriza os ciclos naturais, também é uma forma significativa de se conectar com esse grupo.
  • Sinérgicos: querem usar o poder das novas tecnologias para beneficiar o planeta e a humanidade, visando um mundo mais igualitário e acessível. Ferramentas de tradução multilíngue e a humanização da tecnologia 3D são formas eficazes de conexão, refletindo seu objetivo de aperfeiçoar a sociedade por meio das inovações tecnológicas.

Como as empresas devem olhar para essas tendências?

Sabendo que tendência é um movimento que já existe, mas com força muito pequena, que apenas ganhará forma daqui a dois ou três anos, os perfis apresentados precisam ser estudados pelas empresas de forma a identificar como eles serão aplicados em suas estratégias. 

Para Priscilla Seripieri, Head of Business & Operations Mindset LATAM da WGSN, “a inteligência artificial tem potencial de transformar o mundo e pode ser usada para auxiliar demandas do consumidor, assim como as microalegrias, então as empresas podem pensar em serviços como experiências e momentos de felicidades.” Ainda segunda ela, “os ciclos de tendências precisam ser pensados, criando espaço de conectividade com diálogos para influenciar e juntar consumidores, e assim as marcas trabalham um mundo mais igualitário”.

*Com informações de E-commerce Brasil

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