Gabriel Rodrigues
A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) divulgou estudo sobre as vendas de final de ano, que projeta aumento de 4,3% para o Natal. A alta se deve por conta de inflação em baixa, juros em queda, retomada do emprego e confiança das famílias. Esse aumento representará uma movimentação financeira de R$ 34,3 bilhões até dezembro em todo o comércio brasileiro.
A CNC também aponta que cerca de 73 mil vagas temporárias serão abertas neste final de ano – uma alta de 10% em comparação ao mesmo período de 2017, quando foram geradas 66,7 mil vagas. E a boa notícia é que há a possibilidade de que uma parcela significativa dessa mão de obra, cerca de 27%, seja efetivada.
O chefe da Divisão Econômica da CNC, Fabio Bentes, explica que essa previsão de contratações leva em conta o histórico de compras em outras datas desse ano. Para ele, ao contratar um temporário o comerciante está apostando no aumento de vendas, revelando uma percepção mais favorável para a época. A CNC trabalha com estimativas de elevação de 2,2% nas vendas em 2017.
As vendas cresceram 10% no setor de vestuário nos últimos quatro meses, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Assim, o segmento deve contratar mais pessoas. Outro que deve concentrar grande volume de temporário é o de supermercados, que costumam responder, em média, por 60% das vendas, no período. A CNC aponta que o salário médio para contratação dos temporários deve ficar em R$ 1.191, com elevação de 7,1%, em termos nominais, na comparação com os valores do mesmo período do ano passado.
No setor joalheiro, grande parte do varejo também está otimista, e acredita na recuperação das vendas. “De modo geral, o setor adequou seus produtos, usando inovação, tecnologia, novos materiais e isso tem se refletido agora”, explica a presidente da AJESP, Roseli Duque. “E se não há final de ano maravilhoso pela frente, pelo menos as joalherias deverão ter um resultado melhor do que o que tiveram ano passado, neste mesmo período. Todos fizeram a lição de casa e reviram seus custos e preços”, diz a presidente.