Por Gabriel Rodrigues
Nem mesmo as grandes joalherias têm se mantido à margem da crise econômica mundial e buscam mercados alternativos e criatividade para se recuperar. Um exemplo é a Tiffany & Co, que se mexeu rápido e recuperou o fôlego graças ao mercado asiático. Impulsionada pelas vendas na China, as vendas do grupo aumentaram 3% ano a ano e chegaram aos US $ 976,2 milhões de agosto a outubro, com um forte desempenho nas categorias moda-joias e solitário, bem como em joias finas.
“Esses últimos resultados financeiros ultrapassaram ligeiramente nossas expectativas, mas acredito que a Tiffany tenha o potencial para alcançar o crescimento significativo de vendas comparáveis e gerar maiores margens operacionais e crescimento de lucros de médio a longo prazo”, disse Alessandro Bogliolo, CEO da joalheria.
Nas Américas, as vendas subiram 1% (US $ 421 milhões), enquanto a receita da Ásia-Pacífico foi para 15% (US $ 283 milhões), em grande parte devido ao crescimento na China continental. As vendas em Hong Kong foram quase estáveis, após três anos de quedas significativas, revelou Mark Aaron, vice-presidente da Tiffany para relações com investidores.
Bogliolo, que foi CEO da marca de roupas italianas Diesel, quer uma reviravolta na Tiffany depois que as vendas globais caíram 3% no último ano fiscal. As vendas de férias de 2016 caíram 4% devido ao consumo fraco, corte de gastos e protestos fora da Trump Tower, que é vizinha da loja da Fifth Avenue da varejista, em Nova York.
Este ano, a empresa buscou novas estratégias para atrair consumidores, incluindo a abertura de lojas conceito em locais importantes de Nova York e a expansão de sua oferta de produtos. A joalheria lançou recentemente uma coleção de luxo de itens do dia a dia e abriu um café dentro da saída da Quinta Avenida. Sinais de novos tempos até para a Tiffany.