Proibida de se manifestar publicamente e politicamente, especula-se que a Rainha tenha mandado ‘recados’ através de seus broches ao presidente americano, durante sua visita ao Reino Unido
Por Erica Mendes
Observadores da família real britânica e alguns especialistas em moda são categóricos em afirmar que a rainha Elizabeth II usa seu guarda-roupa de acordo com o tema do dia para enviar mensagens veladas, já que ela não tem permissão para fazer declarações públicas. E não fez diferente durante a visita do presidente dos EUA, Donald Trump, ao Reino Unido, que aconteceu esse mês.
Mais uma vez, a rainha usou suas joias como emissor de suas manifestações. Famosa por sua coleção de broches, ela exibiu um modelo que ganhou de presente da família Obama como um símbolo de amizade, em 2011, para recepcionar Trump. Ora, se Elizabeth II possui outras joias mais representativas associadas aos Estados Unidos, porque ela não escolheu uma que não tivesse uma conexão tão direta com um político que Trump tanto critica?
No segundo dia, a rainha usou um broche dado a ela pelo Canadá, país que o presidente americano tem tido uma relação difícil – ele chamou de ‘fraco’ o chefe do governo canadense, Justin Trudeau, após a última reunião do G7. Mas as sutilezas desta joia não acabaram por aí. O broche, em questão, tem o design de um floco de neve (‘snowflake’), um termo clássico que Trump usa para satirizar as pessoas que discordam dele.
E, no terceiro e último dia, ela escolheu um broche que a rainha-mãe, Elizabeth I, usou no funeral de seu pai, o rei George VI, nos anos 50. Portanto, uma joia que não está associada à felicidade e à alegria.
O placar da visita de Trump ao Reuno Unido foi de 3 x 0: 3 broches reais contra 0 gentileza do presidente americano.
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