Cada vez mais as joias estarão conectadas aos os gadgets
Por Débora Rodrigues
O futuro já está à vista. A tecnologia marca presença no caminho das empresas de joias. Ela trouxe tendências na indústria e está moldando a maneira como pensamos sobre diamantes, ouro e joias em geral. Designs modernos, maior disponibilidade e acesso trouxeram um novo estímulo para o mercado.
A maioria dos consumidores gosta de usar joias que seriam mais do que apenas um acessório que acompanha a sua roupa. Nos últimos anos, os fabricantes mundiais vêm projetando seus produtos para que possam ser usados junto com os gadgets. Designers têm feito produtos que integram tecnologia com joias. A Ringly, fundada em 2014, projetou e criou joias com um propósito. Seus braceletes e anéis inteligentes estão conectados ao celular para rastrear a atividade do usuário, fundir alguns exercícios de respiração em seu dia e nunca perder as atualizações de mídia social.
A Research and Markets, que produz relatórios de pesquisa de mercado mundiais, afirma que o mercado de joias on-line deverá crescer 4% a 10% até o final desta década. E prevê que as vendas online aumentarão em 15% no mesmo período. Essas tendências são atribuídas ao fato dos varejistas adotarem o comércio eletrônico.
Há outra maneira pela qual a tecnologia está afetando as vendas e o crescimento no setor. Hoje, há uma disponibilidade de ferramentas usadas para melhorar a experiência do cliente, que envolvem tecnologia de ponta e ajudam as joalherias e os clientes on-line. O Ring Builder é uma delas. O aplicativo permite aos clientes projetar seus próprios anéis de noivado, podendo personalizar um anel de diamante com base no custo, quilates e certificação. A partir daí, integra-se a outras ferramentas que conectam você a varejistas e fornecedores que produzirão a peça.
A tecnologia também está auxiliando as empresas a gerenciar suas operações e aprimorar a comunicação com clientes. Com muitas companhias de e-commerce vendendo joias, é importante que os consumidores saibam se são reais ou falsas. Houve vários casos em que as jóias vistas em fotos na internet eram muito diferentes do que lhes foi entregue, por exemplo.
Até o final desta década, tanto os consumidores quanto as empresas esperam ver um aumento na internacionalização das marcas de joias. Atualmente, a Tiffany Co. e a Cartier somam 12% do mercado mundial. A maioria das joalherias ainda atende apenas consumidores nacionais e opera em lojas de filiais únicas. Mas na era digital, espera-se que os processos da cadeia de suprimentos acelerem. Isso não apenas tornará os novos projetos disponíveis mais rapidamente nas prateleiras, como também fará com que vários itens atravessem fronteiras.
Algumas pessoas acreditam que uma economia mundialmente afetada por crises fez com que as pessoas investissem menos em joias, especialmente a geração dos millennials. É verdade que as joalherias mundiais precisam descobrir maneiras novas e inovadoras de atraí-los para compra, pois as pessoas hoje em dia tendem a gastar mais em experiências do que em produtos tangíveis. O certo é que a chegada da tecnologia e seu fácil acesso trouxeram mudanças significativas em como os consumidores de joias e as empresas percebem o design, a compra e a disponibilidade delas no mercado mundial.
