FENINJER+

Astrônomos descobrem novos planetas cheios de pedras preciosas

Astrônomos descobrem novos planetas cheios de pedras preciosas

Astrônomos descobrem novos planetas cheios de pedras preciosas

Pesquisa indica que objetos têm superfícies parecidas com a da Terra, contendo em abundância compostos que geram pedras como rubi e safira

POR REDAÇÃO GALILEU

Cientistas descobriram um novo tipo de grupo de planeta que é repleto de compostos que geram pedras preciosas, como safiras e rubis. Em parte, eles são terrestres como a Terra e Marte, com uma alta proporção de rochas e metal (ou a combinação de ambos).

Em pesquisa publicada no periódico Monthly Notices of Royal Astronomical Society, os cientistas explicam que o grupo de planetas tende a orbitar suas estrelas em distâncias muito curtas. Isso significa que, se orbitam no local onde foram formados, sua composição poderia bem diferente: em vez de um núcleo de ferro como o do planeta terrestre, eles são abundantes em cálcio e alumínio. Segundo cientistas, isso pode indicar a presença de rubis e safiras, que são feitos de coríndon, umaforma cristalina de óxido de alumínio.

Pesquisadores das Universidades de Zurique, na Suíça, e Cambridge, no Reino Unido, identificaram três planetas que podem ser deste tipo. São eles: HD 219134 b, localizado a apenas 21 anos-luz de distância, na constelação de Cassiopeia, com uma órbita de três dias; 55 Cancri a 41 anos-luz de distância, com órbita de 18 horas; e WASP-47 e, localizada a 870 anos-luz de distância, também com uma órbita de 18 horas.

Os planetas são formados por poeira e gás que giram em torno de uma estrela recém-nascida, no fenômeno chamado disco protoplanetário. As forças eletrostáticas começam a ligar partículas de poeira e gás em aglomerados e, gradualmente, se acumulam até terem gravidade suficiente para atrair peças maiores e coletar massa para formar um planeta.

Mais distante do disco, elementos como silício, ferro e magnésio se condensam. Isso resulta em composições como as de Mercúrio, Vênus, Terra e Marte. De acordo com o estudo, o novo grupo de planetas apresenta temperaturas muito mais altas do que a Terra.

“Muitos elementos ainda estão na fase gasosa e os blocos de construção planetários têm uma composição completamente diferente”, explicou a astrofísica Caroline Dorn, da Universidade de Zurique, em comunicado.

Ela e sua equipe realizaram simulações e descobriram que, como o silício e o magnésio, o alumínio e o cálcio são os componentes abundantes nos planetas recém-descobertos. Além disso, não há praticamente nenhum ferro neles.

A estrutura interna, as condições atmosféricas e o resfriamento também seriam diferentes. “O que é interessante é que esses objetos são completamente diferentes da maioria dos planetas semelhantes à Terra”, falou Dorn.

A densidade, por exemplo, seria 10% a 20% mais baixa que a da Terra. O HD 219134 b está um pouco mais distante, sendo que sua densidade baixa poderia ser o resultado dos oceanos de magma. Os pesquisadores, contudo, não conseguiram confirmar esse dado. “Talvez brilhe de vermelho para azul como rubis e safiras”, disse a cientista sobre HD 219134 b.

Fonte: Galileu
Compartilhar
plugins premium WordPress
Rolar para cima