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Coronavírus freia o varejo de joias

Coronavírus freia o varejo de joias

Coronavírus freia o varejo de joias

Com fechamento de lojas e equipes em casa, joalherias tomam medidas para enfrentar a crise

Por Cláudia Santana

A pandemia do COVID-19 avança pelo Brasil e, nessa semana, os grandes centros já convivem com o fechamento do comércio. Diante dessa realidade, os empresários do setor estão adotando medidas para minimizar as perdas e preservar a saúde – dos negócios e das equipes.

A Julio Okubo tomou medidas antecipadas para proteger sua equipe e clientes. Mesmo antes do fechamento dos shoppings, a joalheria já havia decidido dar férias coletivas de um mês aos seus funcionários. Maurício Okubo, diretor da empresa, revela que a medida foi dura, mas extremamente necessária nesse momento.

“Visando preservar a saúde pública, participamos de um movimento do varejo pedindo o fechamento dos shoppings. Também organizamos uma vacinação de H1N1 para proteger nossa equipe de outros vírus, de modo a ajudá-los a manter o organismo mais resistente. Ao mesmo tempo em que estamos preocupados com o nosso fluxo de caixa e delineando ações para sair dessa crise, estamos atentos às pessoas. O momento agora é de fortalecer as conexões com nossos públicos e olhar a longo prazo”.

Emília Mory, proprietária da joalheria Di Donna, com quatro lojas em Manaus, conta que para ela, a interrupção no comércio foi um choque. “Apesar do impacto, procurei manter a calma para transmitir segurança para a minha equipe. Expliquei a eles que ficassem tranquilos, pois o salário e o emprego estão garantidos. Logo retornaremos ao trabalho e contamos com eles para voltarmos mais fortes e determinados para recuperar nossas perdas”, conta a joalheira.

Enquanto isso, ela e a diretoria da empresa continuam trabalhando em home office. O foco está na gestão da empresa. Aproveitam o tempo para colocar em dia a parte burocrática das lojas e avaliarem a lucratividade de cada mercadoria. “Estamos nos organizando e estudando como sair dessa crise”. Para a segunda geração da joalheria, Carol e Carla Mory, a volta à normalidade será especial, com mais vontade de vencer. “Temos fé!”.

Leo Kim, diretor da Aria Joalheiros, mantém as lojas fechadas, mas seus olhos estão no futuro. “Estou profundamente chateado com o cenário, mas contente em ter decidido manter toda minha equipe. Nesse momento muito peculiar, que impacta diretamente nossos negócios e também clientes e colaboradores, entendo que é hora de refletir, olhar profundamente para dentro de nossos negócios e alinhar com todo o cenário externo, em especial o consumidor”.

Na opinião do empresário, a cada dia as empresas têm mais informações sobre as mudanças de cenário. “Estamos nos preparando para encontrar um consumidor com novos hábitos de consumo, suas necessidades revistas e potencialmente mais reticente à tradicionalidade do nosso segmento. O conceito de nossos produtos tende a mudar ao longo e ao término deste período, assim como a disponibilidade financeira e disposição ao consumo deles. Estar atento é chave para retornar, mais conscientes, aos nossos negócios”.

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