Acionistas do maior conglomerado de luxo estão reconsiderando a aquisição da joalheria norte-americana
Por Erica Mendes
Em fevereiro deste ano, a compra da Tiffany foi aprovada por acionistas do grupo LVMH Moët Hennessy Louis Vuitton. Porém, passados alguns meses, o futuro da joalheria norte-americana é dado como incerto pelo maior conglomerado do luxo, segundo divulgou a publicação de moda WWD.
Em reunião que aconteceu na última terça-feira (2), em Paris, o conselho da LVMH destacou sua preocupação com as consequências econômicas causadas da pandemia do coronavírus e com os recentes protestos e agitação social relacionados à morte de George Floyd, em Minneapolis. A manifestação de raiva pela injustiça racial nos Estados Unidos provocou também saques e destruição de propriedades em muitas cidades, frustrando as tentativas de fazer a economia retomar novamente.
Inquietos com o cenário atual, os acionistas também estão descrentes da capacidade da Tiffany de pagar todas as suas obrigações após a conclusão da compra e, por isso, estão reconsiderando a decisão tomada no início do ano.
As ações da joalheria aumentaram mais de 42% em relação ao ano anterior, resultado associado pela alta perspectiva de aquisição da LVMH, porém, após a notícia de que isto possa não se concretizar, elas fecharam em queda de 9% na terça.
Procurados, os representantes de ambas as empresas não quiseram se manifestar.