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Marcas de luxo oferecem experiências imersivas em suas lojas

Marcas de luxo oferecem experiências imersivas em suas lojas

Marcas de luxo oferecem experiências imersivas em suas lojas

As grifes apostam que o futuro do varejo é tratar as butiques como um destino

Por Débora Rodrigues

Não basta oferecer produtos dos sonhos, é preciso promover o encantamento dentro das lojas. Algumas marcas de luxo estão levando a sério essa tarefa e se empenhado em criar experiências que atraem e surpreendem os clientes. As marcas agora apostam que o futuro do varejo é tratar as butiques como mais do que um lugar para fazer compras, mas como um destino. Parte da razão pela qual Boucheron, Cartier e a Tiffany se concentraram na criação de espaços experimentais está radicada na ascensão da internet como meio de pesquisa e compras.

Os clientes que se aventuram na mais recente loja Tiffany Style Studio em Covent Garden, Londres, têm uma surpresa divertida: uma máquina de venda automática totalmente abastecida com a fragrância exclusiva da marca em vários tamanhos. Basta selecionar, passar o cartão de crédito e ver a máquina levemente entrega-la para você ter um pedaço da marca com você. Essa máquina de venda automática é apenas uma parte de uma experiência de varejo inovadora oferecida pela joalheria. Há também uma estação de personalização (chamada #MakeItTiffany), na qual os clientes podem desenhar o design que quiserem em um iPad e copiá-lo diretamente em seus novos modelos da Tiffany.

Para complementar o novo layout da loja, há uma seleção da coleção Everyday Objects, exibida em engradados de madeira diversos. A loja também tem planos de hospedar uma série de experiências imersivas, desde sessões de estilo a performances. “As pessoas querem se divertir até certo ponto; eles querem ser enriquecidos ao mesmo tempo e não apenas fazer compras”, diz Reed Krakoff, diretor artístico da Tiffany & Co. E a casa se tornou um exemplo de como criar espaços experienciais para seus clientes.

Renovação é a palavra de ordem nas lojas físicas

Os clientes sabem o que procuram e querem. Como é mais fácil pesquisar e comparar itens on-line, as lojas físicas precisam de um motivo a mais para fazer o cliente cruzar esse limiar. A Cartier, por exemplo, está testando os limites de sua experiência de varejo. Em 2017, inaugurou sua galeria pop-up, chamada Tank 100, dentro da butique de Roppongi Hills, em Tóquio, para comemorar o centenário de sua coleção Tank. A sala principal, chamada “Tanktheque”, apresentava obras de arte e tecnologia como parte de sua experiência central.

“Era uma biblioteca e uma discoteca”, contou o CEO da Cartier, Cyrille Vigneron. O espaço apresentava uma instalação vermelha gigantesca inspirada em lustres de vidro venezianos que tinha a forma de um castelo, coberto com 20 velas acesas. A obra, Hyakunen, de Shingo Katori, foi cercada por mostruários mostrando a rica história do Tank, bem como letreiros digitais que exibem vídeos futuristas da unidade artística parisiense Golgotha. iPads com opções de compras on-line estavam disponíveis para visitantes que quisessem adquirir peças da coleção Tank ou qualquer outro item da Cartier.

A loja da Boucheron na Place Vendôme, que está em reforma, está colocando o omnichannel na vanguarda. A CEO da marca, Hélène Poulit-Duquesne, afirma que isso é necessário e está na mira dos projetos da casa. “Você precisa de uma loja física e também on-line, porque os clientes podem selecionar as informações sobre um produto e se dirigir à loja. Segundo ela, é um período de adaptação e todos precisam estar preparados. E a marca tem tido bons resultados nas vendas de sua coleção de joias finas on-line, embora peças de alta joalheria ainda sejam muito reservadas para uma plataforma off-line.

Outra questão importante é que as marcas precisam manter a imaginação do consumidor que pesquisou on line antes de entrar pela porta. A Boucheron está atualizando sua loja principal para clientes bem informados. A loja, que reabrirá no início de 2019, será inspirada no patrimônio da marca. “Sempre prestamos homenagem a Frédéric Boucheron e sempre mergulhamos em nosso arquivo para reinventar a Boucheron”, disse a CEO. “Decidimos rejuvenescer o edifício, o Hôtel de Nocé, que foi construído em 1717 – como se fosse novamente em 1717. É uma renovação puramente histórica e por dentro colocamos a nova Boucheron”.

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