FENINJER+

Muitas empresas seguem com dificuldades para definir seus planos estratégicos e projetar expansões no Brasil

Muitas empresas seguem com dificuldades para definir seus planos estratégicos e projetar expansões no Brasil

Muitas empresas seguem com dificuldades para definir seus planos estratégicos e projetar expansões no Brasil

Por Juliana Bianchi

Relatório recente da empresa de pesquisa de mercado internacional Euromonitor aponta para o crescimento de 6% do mercado de luxo global em 2018, em relação ao ano anterior, totalizando mais de US$ 1 trilhão. Resultado que segue o padrão dos cinco anos anteriores, mas aponta levemente para uma recuperação puxada principalmente pelo mercado asiático, que responde por 41% das vendas globais do setor.

Na região, destaque para Hong Kong, onde o número de ultraricos não para de crescer, assim como a riqueza acumulada por eles: US$ 193 milhões em média, no último ano. O valor é superior ao dos ultraricos americanos, mercado com a maior concentração de milionários no mundo, onde a média é de US$ 116 milhões por pessoa, segundo o levantamento. Daí a previsão de crescimento anual de 8% das vendas na região até 2022.

Já no Brasil, com a depreciação da moeda frente ao dólar e a constante instabilidade macroeconômica, o cenário permanece desafiador. “Muitas empresas seguem com dificuldades para definir seus planos estratégicos e projetar expansões, novos investimentos ou mesmo quais coleções e itens importar”, afirma Elton Morimitsu, analista sênior da Euromonitor. “Os brasileiros não são considerados pioneiros na adoção de novos conceitos e produtos, sendo até relativamente conservadores em relação a outros países, o que torna ainda mais difícil para as marcas de luxo trazerem abordagens inovadoras e ofertas que poderiam alavancar o consumo”, completa.

A América Latina, puxada por México e Brasil, responderam por US$ 25 bilhões das vendas globais do segmento.

“O interesse global em luxo não mostra sinais de desaquecimento, mas será menos relacionado a riqueza e mais ao luxo consciente”, afirma Fflur Roberts, head da pesquisa de luxo na Euromonitor International. Isto é, estarão cada vez mais em jogo os valores, a autenticidade, a qualidade, a conveniência, a funcionalidade, a experiência e o propósito ligados ao produto e à marca.

O materialismo pode até perdurar no curto prazo como símbolo de status, mas a valorização das experiências será cada vez mais forte, e sua percepção de entrega se tornará parte fundamental na relação das marcas com o consumidor. Bem como a criação de laços emocionais e empáticos.

Sustentabilidade e bem-estar também estarão em alta nos próximos anos. Aliar esses valores à tecnologia, entregando serviços e produtos que ajudem o público a melhorar seu estilo de vida, é uma das recomendações do relatório. Lembrando que hoje 64% dos consumidores estão conectados e a projeção é que, até 2030, esse montante seja de 91%.

Fonte: Angela Klinke Report

Compartilhar
plugins premium WordPress
Rolar para cima