A humanidade também precisa de uma vacina especial para essa era moderna
Por Leila Navarro
Chegamos num tempo em que a humanidade está vulnerável e se não estiver atenta perecerá. Estou sempre em alerta aos acontecimentos ao meu redor e no mundo. Observo que existem doenças mais graves que as patologias físicas, aquelas que enfraquecem o corpo. As doenças emocionais, provenientes de comportamentos inadequados que as pessoas têm com os outros e até consigo mesmas são igualmente perniciosas e preocupantes.
Cientistas têm se empenhado para descobrir vacinas múltiplas, que combatem as epidemias catastróficas da humanidade, mas, como uma estudiosa do comportamento humano, observo que além disso, a humanidade também precisa de uma vacina especial para sua era moderna. O seu antídoto é extremamente eficaz, capaz de exterminar males devastadores. Seu nome é CONSCIÊNCIA.
Uma das coisas que me dão mais prazer atualmente é pensar! Num mundo tão estimulante, excitante e exagerado quanto o nosso, a introspecção nem sempre é vista com bons olhos. Mas agora, neste momento de pandemia, a saída não é mais para fora e sim para dentro! Para pensar de maneira consistente – e então concluir, decidir, realizar – é imprescindível ter tempo e disponibilidade. Normalmente, tudo o que fazemos é nos debater com decisões que precisam ser tomadas, com coisas que precisam ser ditas ou feitas e com uma quantidade extraordinária de informações que recebemos a cada instante. O resultado é o que eu chamo de: indigestão mental. A consequência da falta de tempo para digerir tudo o que vemos, sentimos e percebemos.
A mente necessita ser desintoxicada para funcionar melhor! Assim evitam-se ações determinadas por ideias pouco claras e que acabam por sabotar, prejudicar e impedir nosso desenvolvimento. É do pensamento que vem o conhecimento, o comportamento e a própria consciência. O que você não deseja ter no seu mundo, não crie na sua mente! Você pode escolher aprender pelas circunstâncias ou pela consciência. Pode aprender pela dor ou pelo amor. Pelo medo ou pela confiança. Afinal, você pensa ou é pensado?