Além de ser a única a batizar uma lapidação, é também uma das poucas pedras apreciadas por suas inclusões
Por Erica Mendes
Esmeralda deriva do grego smaragdos ou smaragdus, que significa pedra verde. Apesar de sua cartela de cor variar do verde claro ao muito escuro e ao verde azulado muito forte, sua melhor tonalidade é um verde intenso e profundo tão característico que, popularmente, muitos usam a terminologia ‘verde esmeralda’.
Conhecida há mais de 5.000 anos, sua primeira exploração foi nas minas do Egito, no Mar Vermelho, em 2.000 a.C: é daí que vem as famosas ‘minas de esmeraldas de Cleópatra’, em homenagem à lendária rainha que exibia belos exemplares da gema.
No Brasil, sua história está ligada ao nome de Fernão Dias Paes, conhecido como o “caçador de esmeraldas”. O bandeirante desbravou Minas Gerais à procura desta gema, mas nunca a encontrou. Morreu orgulhoso achando ter sido o primeiro a descobrir esmeralda na América, mas comprovou-se, mais tarde, que as pedras verdes eram, na verdade, turmalinas.
A esmeralda é considerada o símbolo da gentileza e representa a cura, regendo as profissões ligadas à saúde como biomedicina, enfermagem, fisioterapia, fonoaudiologia, medicina, medicina veterinária e nutrição. Além de celebrar o 10ª aniversário de casamento, ela também é pedra do chakra coronal, dos nascidos no mês de maio e dos signos de Touro, Câncer e Libra.
Os jardins da esmeralda
Pertencente à família dos berilos e com dureza 7,5 – 8 na Escala de Mohs, a esmeralda é uma das poucas pedras preciosas que pode ser imperfeita e, mesmo assim, reter seu valor aos olhos dos apreciadores. É muito difícil encontrar exemplares sem inclusões, que são características da cristalização da esmeralda. No entanto, essas inclusões nas gemas lapidadas quando bem localizadas são muito apreciadas, sendo chamadas pelos joalheiros de “jardins da esmeralda”.
O privilégio de ser a única a batizar uma lapidação
Apesar de não haver registros históricos, tudo indica que a ‘lapidação esmeralda’ – feita em degraus, no formato de um retângulo com os cantos vivos cortados – foi criada para valorizar ainda mais o tom verde da gema homônima. Até hoje, a esmeralda é a única a ter esse privilégio de batizar um tipo de lapidação, que pode ser aplicada a qualquer gema. Por isso, é comum joias exibirem com outras pedras com a lapidação ‘esmeralda’.
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