O tradicional ouro dourado também pode ser rosa, branco, negro… saiba como são obtidas as variadas cores e municie sua equipe de informações relevantes para efetivar a venda
Por Vanessa Araf
Quando pensamos em ouro, logo imaginamos a cor dourada e o seu brilho fascinante. Mas não é só do amarelo que vive esse metal: com a criação de diversas ligas, o ouro é empregado na joalheria em outras cores, como o branco, o rosa e, mais recentemente, o negro e o verde.
As ligas foram criadas para aumentar a resistência e a durabilidade da joia – já que o ouro em seu estado puro é muito maleável e frágil, não podendo ser usado na confecção de peças – e são as responsáveis pelas cores que invadiram a joalheria. Para isso, uma porcentagem de ouro é misturada a outros metais – nas joias de ouro 18K (ou 750), as ligas possuem 3/4 de ouro puro e 1/4 de outros metais. Esses 25% são os responsáveis pela tonalidade do ouro e, dependendo dos metais misturados ao ouro puro, irão atingir determinada cor.
O tradicional amarelo é resultado da mistura do ouro puro com 12,5% de prata e 12,5% de cobre, que possui cor semelhante ao tom do ouro em seu estado original.
O romântico ouro rosa também é criado a partir da junção de ouro puro com prata e cobre, mas em porcentagens diferentes. Em determinadas dosagens, o cobre possibilita variações de tonalidade, que vão do vermelho intenso ao rosa mais suave. A liga mais utilizada para obter essa tonalidade é composta por 75% de ouro, 22,25% de cobre e 2,75% de prata.
Já o branco é resultado de uma mistura de ouro puro com paládio, geralmente na proporção de 75% de ouro puro e 25% de paládio. Muitas vezes, o paládio também é unido a outros metais como prata, zinco e até platina, para aumentar a durabilidade da peça. A cor branca brilhante que conhecemos, no entanto, é proveniente do ródio, metal nobre da família da platina, no qual a joia é imersa após sua finalização – além de proporcionar brilho e acentuar a cor, aumenta a resistência da joia contra arranhões e manchas.
O mesmo banho de ródio origina o ouro negro, que, apesar de já existir há tempos, foi absorvido na joalheria só nos 5 últimos anos. Para obter essa tonalidade, basta acrescentar uma fina camada de corante negro brilhante ao banho de ródio aplicado nas peças de ouro 18K, deixando a joia com efeito negro ou cinza chumbo. Com o passar dos anos, essa proteção vai desaparecendo, portanto, é importante que o banho de ródio seja refeito periodicamente.
O ouro verde também despertou a atenção de algumas indústrias. A tonalidade verde-amarelada é obtida pela união de ouro puro com 25% de prata. A mistura de ouro com rubídio resulta em uma liga de cor verde-escura, que ainda não é usada na joalheria por ser muito frágil.
Experimentos com ligas de ouro azul e roxo têm sido feitos para aumentar ainda mais a gama de cores em que esse metal pode ser obtido, criando assim novas possibilidades para a joalheria atender os consumidores, sempre ávidos por novidades.
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