Por Gabriel Moura
Existem muitos mitos e dados questionáveis a respeito da história dos diamantes. Um deles é o de que a mineração extrai o que há de melhor do meio ambiente e não lhe dá nada de volta. Mas para surpresa de muitos, a mineração de diamantes tem se mostrado menos nociva para o meio ambiente do que outros tipos de mineração, já que “na atividade são usados menos ou nenhum produto químico”, segundo conta Tobias Kormind, diretor-gerente do varejista europeu www.77Diamonds.com.
De acordo com ele, a mineração tende a ter uma pegada muito menor. “Nossas minas são verticais, não horizontais e, portanto, afetam menos a área circundante. O diretor explica que a empresa mantém áreas protegidas adjacentes ao local onde funcionam as operações para extração da pedra, totalizando 10,255 hectares, para garantir a preservação da fauna e da flora.
E muitas empresas adotam áreas de terra preservadas maiores que àquelas usadas em sua própria operação de mineração. O grupo De Beers conserva 164 mil hectares de terra, número que é cinco vezes maior que a usada em suas atividades de mineração. A empresa também lidera uma pesquisa inovadora que visa fornecer mineração neutra em carbono em algumas de suas operações, dentro de cinco ano. Os cientistas estimam que o potencial de armazenamento de carbono dos rejeitos de kimberlita produzidos por uma mina de diamantes a cada ano poderia compensar até dez vezes as emissões de uma mina típica.
Na Austrália, a mina Argyle extrai mais de 92% das suas necessidades de energia da usina hidroelétrica Ord Hydro e a empresa reduziu seu consumo de diesel em 21%. Em geral, a indústria fez grandes avanços na reciclagem de água e redução de resíduos, e introduziu planos abrangentes de fechamento de mina e programas de replantação de árvores.
Ao mesmo tempo, a indústria constrói comunidades. A natureza isolada da atividade de mineração desenvolve um espírito comunitário apoiado pela indústria do diamante, que investe em escolas, treinamento, bolsas de estudos, hospitais e infraestrutura.
