Segundo pesquisa, o micro influenciador promete ser destaque nas multinacionais este ano, aumentando o engajamento das marcas com os clientes
Por Layane Serrano*
As redes sociais costumam lançar a marca própria de grandes influenciadores, como Virgínia Fonseca e Whindersson Nunes (duas das personalidades brasileiras mais seguidas nas redes sociais), ou até mesmo promovem novas marcas de produtos, como a marca Yasmin Beauty lançada em 2022 pela modelo e influencer Yasmin Brunet durante uma live para os mais de três milhões de seguidores.
Apesar desses mega influencers serem muito conhecidos, no mundo do Influencer Employment, um novo profissional está aparecendo e ganhando espaço no mundo digital: são os famosos “micros influencers”, diz Lucas Fraga, um dos fundadores e head de estratégia na BALT, hub de pesquisa, tendências e estratégia que estuda marcas e consumidores a partir de metodologias proprietárias, ancoradas na psicologia, na sociologia e na antropologia do consumo. “Temos vistos nas pesquisas de campo um aumento de micros influencers, ou micro influenciadores. São pessoas que estão chamando a atenção das marcas de grandes empresas ou por serem conhecidas como autoridades em uma determinada área.”
Quem são e por onde andam os micro influencers?
Os micros influencers trabalham normalmente como influencers de um nicho específico ou também já podem ser encontrados em setores de RH para atrair a atenção do consumidor de uma forma mais humanizada. “O micro influencer é como se fosse um espelho nosso, porque a conversa fica horizontal, não é aquela figura de autoridade, é quase o nosso amigo falando sobre o dia a dia da empresa, campanhas e treinamentos internos”, diz Fraga.
Empresas multinacionais são as que mais buscam por esse “influenciador interno”, para ter essa aproximação com o público consumidor. Segundo Ana Catarina Holtz, co-founder e head de pesquisa na BALT, muitas empresas estão apostando em treinamentos com profissionais para transformá-los em influencers, mostrando a rotina e os valores da companhia. “Para as marcas que são muito grandes é um desafio se conectarem com seus clientes. O micro influenciador aparece para ajudar a quebrar essa barreira e ter essa conexão com os consumidores”.
Os influenciadores fazem jus ao nome
Uma pesquisa da CharityRx divulgada em dezembro do último ano mostrou que 33% da Geração Z nos EUA já considera tiktokers mais confiáveis que médicos, enquanto 44% recorrem a “micro influenciadores” no YouTube antes de consultarem um profissional de saúde, afirma Holtz. “Nesta faixa etária, o TikTok está passando o Google como o principal mecanismo de busca para informações especializadas, os quais buscam por creators cada vez mais nichados.”
Em 2024, Fraga afirma que não apenas as marcas devem se apoiar mais nesses criadores de conteúdo para promover produtos e serviços em nichos ultra segmentados, como é esperado que os influenciadores sejam contratados pelas áreas de RH das empresas. “Muitos influenciadores serão contratados para divulgar vagas de trabalho, a fim de fortalecer a imagem de marcas junto ao público interno e fomentar a admiração corporativa e o desejo de trabalhar na empresa”.
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*Por Layane Serrano para Exame.